E nós demos adeus à família Pearson depois do último episódio de This Is Us estrear no Star+. O final da 6º e última temporada da série focou nos três irmãos, Randall (Sterling K. Brown), Kate (Chrissy Metz) e Kevin (Justin Hartley), se ajustando após a morte de sua magnífica mãe, Rebecca (Mandy Moore). Com mais da metade do episódio gravado há 3 anos, This Is Us encerrou a mais extraordinária jornada que qualquer audiência poderia pedir.
Para qualquer um que estivesse acompanhando a série desde as 5 temporadas anteriores, a incerteza do final de This Is Us nunca sequer foi uma preocupação. Dan Fogelman, criador da série, mais do que provou sua habilidade em contar histórias. Tal habilidade permitiu que a série se tornasse referência e levasse 17 Emmys, mas acima de tudo, conquistasse sua audiência pelo coração.
A história da série entrega sua proposta já no título, que no português livre é “Isso é nós”, porque de fato é. This Is Us se permitiu, em 6 temporadas, ser real e provocativo, instigando na audiência a sua essência: o legado. A vida nada mais é do que o acúmulo daqueles que já passaram por ela, que contribuíram para sermos quem somos e como carregamos um pedaço de cada um deles, literalmente e emocionalmente.
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E é no legado que a 6º temporada escolhe focar. Além de precisar fechar todas as pontas soltas deixadas pelos flashbacks ou flashfowards da história dos Pearsons, os 18 episódios da temporada foram divididos entre seus diversos protagonistas de forma sensível. Personagens que até então não tinham sua história revelada ganharam episódios que os celebravam – o destaque aqui ficando para Miguel (Jon Huertas) e até mesmo a relação de Jack (Milo Ventimiglia) e sua mãe. A sensibilidade que cada personagem foi tratado resultou em episódios verdadeiramente doloridos de serem assistidos, seja por trazerem desfecho (como o casal Katoby) ou adentrarem relações pouco abordadas anteriormente.
Mas para além de tudo, a 6º temporada serviu de tapete vermelho para Rebecca Pearson brilhar. Interpretada pela brilhante Mandy Moore, a história de Rebecca, tão atrelada a de seus filhos, se mostrou um dos pontos principais, se não a razão da série inteira. Aliás, ela, que segurou as pontas após a morte de seu marido, criou 3 filhos e viu sua família crescer, passava pela sua pior experiência: o Alzheimer.
A ironia para a audiência era de que uma série inerente a experiências e memórias tivesse uma personagem tão importante e cativante refém de uma doença que ataca justamente o que ela julga de bem mais precioso. Tão irônico quanto dolorido, o Alzheimer de Rebecca é uma das decisões que o roteiro tomou que instiga quem assiste e o tira de sua zona de conforto. Ele nos faz refletir sobre a importância de nossas memórias – principalmente as pequenas.
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E da mesma forma que chegou, This Is Us partiu escolhendo a esperança e o legado como principal mensagem. Dan, que já sabia as palavras finais antes mesmo de escrever o roteiro, deixou todas as revelações, momentos tensos e conclusões para os 17 episódios anteriores. Isso porque o 106º episódio – o último – foi sobre seguir em frente, e que a vida não acaba depois de grandes acontecimentos; ela continua e é dos pequenos momentos seguintes que ficam na memória.
Assim, em 6 anos, This Is Us se destacou em meio ao mar de produções seriadas que temos hoje em dia e, ao invés de ser apenas mais um drama grudendo e muito sentimental, a série se mostrou profundamente tocante e contada com maestria, daquelas que como o amor de Jack e Rebecca, só acontecem uma vez na vida.
As seis temporadas de This Is Us estão no Star+.
Crítica
Título: This Is Us
Criador: Dan Fogelman
Elenco: Milo Ventimiglia, Mandy Moore, Sterling K. Brown, Chrissy Metz, Justin Hartley, Susan Kelechi Watson, Chris Sullivan, Ron Cephas Jones, Jon Huertas, Alexandra Breckenridge
Nota: 5/5
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