Crítica: 2ª temporada de O Vazio é ambicioso e sombrio

O Vazio

Ta difícil competir com as plataformas de Streaming durante a quarentena. Enquanto alguns estúdios se alinham com suas agendas, adiando seus filmes, e lançando em VOD os já lançados o quanto antes. As plataformas de streaming lideram, e sem sombra Netflix está se vangloriando de seu vantajoso conteúdo original. Essa semana, a Netflix disponibilizou para o seu público a segunda temporada da sua animação, O Vazio.

Em relação à primeira temporada

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Divulgação: O Vazio / The Hollow (Netflix)

Depois de descobrir os mistérios do jogo, o grupo Adam, Mira e Kai conseguem juntos sair a frente e ganhar o The Hollow. Mas, dando início a segunda temporada da animação, por algum motivo os personagem ainda continuam em sua forma animada. Sem lembrar de nada a partir do momento em que ganharam o jogo, o trio se junta novamente para tentar descobrir o que aconteceu. Mas as coisas saem do controle e seu novo campo de batalha é totalmente diferente, só complica tudo, e Adam, Mira e Kai mais um vez tentam vencer o jogo que agora não é mais misterioso, é sombrio.

Na primeira temporada vemos que cada episódio são deixados pequenas pistas sobre a real razão dos personagens estarem ali, e te levam até a adivinhar. Mas, nessa segunda parte, os mistérios são mais densos, e são bem escondidos, mas acabam saindo de cena por alguns instantes para dar palco ao sombrio. De novo, enquanto os personagens se desenvolvem e tentam resolver seus problemas e dúvidas, o telespectador é envolvido facilmente nesse novo mistério.

O caminho Black Mirror que O Vazio pode tomar

A série – novamente – te deixa pistas durante todo seu desenvolvimento, mas ainda sim te dá um jeito de surpreender. Independentemente do caminho que o grupo resolve seguir, seus mistérios e seu tom sombrio não deixam de encantar e surpreender. É como assistir uma animação dos novos filmes do Jumanji, com um toque de Black Mirror. Uma mistura interessante, mas que sabe funcionar 100%.

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Divulação: O Vazio / The Hollow (Netflix)

Dessa vez, os personagens retornam com sua memória intacta, mas apenas até o momento que venceram o jogo, e tudo antes dele. Assim conseguimos conhecer mais sobre o passado e os verdadeiros Adam, Kai e Mira, mostrando mais de suas personalidades. Além disso, a série sabe trazer pontos sobre o passado de seus personagens e trabalhar-los agora de forma inteligente. Usando isso para juntas os grupos, terminar suas rixas, para juntos descobrir o que está acontecendo.

Sem dúvidas o futuro da série – se houver um – poderá trabalhar muito mais esse seu novo lado. A direção se intensifica, e é óbvio que tenta amenizar a tensão entre os acontecimentos. É claro que, em alguns pontos técnicos, a animação O Vazio cresceu, seu roteiro que já era algo intrigante, se renova e vai além. Agora, o seu visual enriquece, ganha mais detalhes e realismo, seus efeitos ficam mais claros e ganham mais cores.

A segunda temporada de O Vazio acerta novamente, não repete acontecimentos, sabe como brincar com seus mistérios. Acima de tudo, sabe como equilibrar seus novos questionamentos enquanto se desequilibra para o sombrio – e não isso não é ruim. Novamente, a série animada prende, fortalece os vínculos e mostra que todas ações geram elas reações, sendo elas boas ou não. Uma animação simples, mas que fará você criar teorias entre seu grupo de amigos – ou obriga-los a ver.

The Hollow (série de televisão) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Crítica: O Vazio (The Hallow) – 2ª temporada
Nota: 4/5

Marta Fresneda
Líder do site de entretenimento O Quarto Nerd. Apaixonada por cultura pop, com objetivo de influenciar e incentivar mulheres na área de comunicação voltado ao mundo nerd.