Crítica | 2ª temporada de The Great Pretender mantém a genialidade do anime

The Great Pretender

A segunda temporada de The Great Pretender, chegou hoje (25) na Netflix. No anime que contém 14 episódios na primeira temporada e 9 na segunda, Makoto Edamura se achava o maior trapaceiro do Japão, até tentar um golpe em um vigarista internacional, Laurent. E desde então sua vida nunca mais foi a mesma. Makoto passa a trabalhar para Laurent, junto com Abbie e Cynthia. O grupo de vigaristas atua como uma espécie de Robin Hood, aplicando golpes em milionários que fazem mal à alguma parcela da sociedade. Clique aqui para ver o trailer da segunda temporada.

O nome do anime pode soar familiar para algumas pessoas e sim, a animação sofre influência do solo de Freddie Mercury, The Great Pretender. A influência não fica oculta, pois você pode escutar o solo do ex-vocalista do Queen toda vez que um episódio termina, aliás, é importante ressaltar que a trilha sonora do anime é bem convincente.

Por que assistir The Great Pretender ?

Caso você já tenha assistido Death Note, e tenha gostado, o anime original da Netflix que foi produzido em parceria com o Estúdio Wit, é extremamente recomendado pra você. É provável que você se lembre do xadrez mental que envolvia Light e L, e em The Great Pretender, você também encontra diversas situações onde os personagens entram em conflito mental para tentarem se sobressair uns aos outros, na maioria das vezes envolvendo Makoto e Laurent. Assim como em Death Note, o novo anime também apresenta diversos plot twists no roteiro e faz com que na maioria das vezes, você não saiba qual personagem realmente está no controle da situação.

Uma outra influência muito grande, que também é perceptível na história do anime, é o filme Golpe Duplo, protagonizado por Will Smith e Margot Robbie. Trilha sonora, os personagens, cenas de ação, tudo isso contribui para que você compre a ideia e a vibe que os produtores querem passar: Um grupo de vigaristas que estão numa espécie de missão onde não podem ser descobertos.

The Great Pretender may end up being my Anime of the Year for 2020 – Day  with the Cart Driver
Netflix Original Anime Series: The Great Pretender

A segunda temporada é tão boa quanto a primeira, apesar de ser diferente:

Na primeira temporada, o ritmo da série é bem intenso, e além de todos os trambiques do grupo vigarista, vemos também um pouco do passado de Makoto, Abbie e Cynthia, além do confronto entre Makoto e o líder do grupo Laurent. A série é dividida em “casos”, na primeira temporada foram três, agora na segunda, o anime foca em apenas um caso ou golpe se você preferir, além de vermos algumas coisas sobre o passado de Laurent, e ainda traz uma figura do passado de Makoto, o que traz muito potencial pra série mas que foi pouco explorado pelo menos nessa temporada.

Uma das poucas limitações do anime, são os “vilões”, aqueles que irão sofrer o golpe dos vigaristas. Eles são bem caricatos e não possuem uma profundidade, eles são maus e por isso merecem levar o golpe. Na segunda temporada, os vilões são melhores explorados e nos são apresentados fatos sobre seu passado, o que traz uma certa humanidade à eles. A segunda temporada tem um ritmo mais lento, porém traz muitos arcos que prendem sua atenção e reviravoltas que sempre dão outro tom pra história.

Veredito Final:

A segunda temporada definitivamente mantém o ótimo resultado que a primeira construiu, porém continua pecando em apresentar vilões rasos demais. Nada que atrapalhe o andamento da história, porém seria interessante encontrar alguém à altura do grupo de vigaristas e que tornasse a história mais equilibrada e interessante. Os episódios são curtos, o que facilita o acompanhamento do anime e sempre fecha seus arcos muito bem, instigando o espectador a assistir o próximo.

Ficha Técnica | Great Pretender - 1ª Temporada (Original Netflix) -  Entreter-se

Crítica: The Great Pretender

Temporadas: 2

Gêneros: Animes com Drama, Programas de TV japoneses, Séries de Anime 

Direção: Hiro Kaburagi

Elenco: Wolf Williams, Chiaki Kobayashi, Jun’ichi Suwabe, Natsumi Fujiwara

Nota : 4,0

Avaliação: 4 de 5.

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Eduardo Braga