A quarta produção de Peter Berg e Mark Wahlberg, acaba sendo o mais novo erro dos dois. O filme promete muito mais do que ele te da, acaba se perdendo na direção, roteiro e posicionamento das câmeras, fazendo assim as cenas cada vez mais bagunçadas com cortes rápidos e sem sentido.
Sinopse:
Quando nem as forças militares nem a diplomacia são suficientes para resolver um conflito, uma terceira opção entra em ação: a Overwatch, uma unidade tática secreta, da qual o personagem de Walhberg é um oficial. A nova missão desse grupo é levar para os Estados Unidos um policial corrupto, que possui importantes informações sobre uma carga de material radioativo roubada. No entanto, nem todos querem deixá-lo partir ileso, e a equipe terá que lidar com perseguições e emboscadas durante as 22 milhas a serem percorridas até o local do embarque.
Crítica:
Os primeiros 20 minutos do filme prometem um trama cheia de sangue e heroísmo, com um protagonista cheio de problemas e talvez com possíveis cenas incríveis de luta. Porém a trama desanda quando a direção de Peter Berg vai se agravando e deixando-o cada vez mais confuso.
Apesar de ter o papel principal, Mark Wahlberg não se sobre sai, apesar de ganhar destaque com um background mostrando a origem de Silva, o que levou ele a trabalhar para as força especiais, suas perdas e dificuldades, um típico herói que perde tudo e passa a lutar por algo maior, seu país. Mas Wahlberg apresenta em um personagem raso e estressado. A trama então acaba ganhando destaque com o elenco feminino com Ronda Rousey (Velozes & Furiosos) com ênfase em Lauren Cohan (The Walking Dead), que acaba construindo uma atuação digna ao lado de Ronda que infelizmente não é muito aproveitado por Berg.
A trama traz um roteiro um tanto confuso, com vários furos durante todo o filme, se tornando assim, o famoso tipo de filme que as vezes você não entende até o final. Como consequência os furos e o foco excessivo em cenas de ação e matança acabam desfocando da construção da sua história e até mesmo de seus personagens. E tudo acaba se agravando quando a direção de Peter Berg acaba se perdendo em posicionamento e cortes de câmera, deixando quase todas as cenas de ação com cortes tão rápidos para não serem compreendidos. Provando assim que o lugar de Berg é bem longe de filmes de filmes desse gênero.
Quando Mark Wahlberg entra como James Silva em ação, seu único objetivo é usar suas habilidades para ajudar seu país, sendo ele e sua equipe a terceira opção caso a diplomacia e força armada falhe (o que não faz sentido nenhum). Quando Li Noor (Iko Uwais) entrega um drive codificado para a equipe de Silva, prometendo que ali há informações importantes para o Estados Unidos, o policial pede em troca que seja levado para os Estados Unidos sobre um carregamento de Césio que foi roubado. Porém as coisas começam a complicar, pois os antigos superiores de Li na Indonésia, não aceitam e não vão deixar ele sair do país pois o consideram um traidor, matando civis ou qualquer um que fique em seu caminho para captura-lo.
As melhores cenas de lutas, ficam a cargo de Iko Uwais, o Li Noor, que apresenta um estilo de luta diferente, algo com arte marciais, diferenciando um pouco, o que é bom.
Apesar de do filme ter um fechamento nada clichê ate um pouco diferenciado, isso acaba não compensando todos os erros que se seguiram durante o filme e ainda deixa um ponta aberta para um continuação. “22 Milhas” está em cartaz nos cinemas.