Crítica | Alex Rider engasga no começo mas vira um ótimo seriado pipoca

Alex Rider

Para quem já leu os livros da franquia Alex Rider, do autor Anthony Horowitz, estava com as expectativas altas quando a série de mesmo nome da Amazon estreou. Aliás, eram bem altas mesmo, considerando que a primeira adaptação – o filme Stormbreaker – foi um fracasso. Assim, quando a série estreou no primeiro semestre de 2020, é possível dizer que os fãs da franquia de livros ficaram, no mínimo, satisfeitos.

Considerando que a versão da Amazon de Alex Rider, criada por Guy Burt, misturou elementos dos dois primeiros livros, a história é bem completa. Para quem não é familiar com a história, Alex é o James Bond adolescente. Nos livros, ele tem muitas habilidades extraordinárias, que são utilizadas nos mais diferentes cenários durante suas missões – até no espaço. No entando, na adaptação seriada, Alex (Otto Farrant) é um pouco mais realista, se tornando um espião apenas depois de seu tio morrer.

Para todas as idades

Foto: Amazon Prime/Reprodução

Toda essa história de origem serve somente para chegar no verdadeiro plot, a escola Point Blanc, que recebe jovens rebeldes que misteriosamente saem da escola completamente educados. O problema é que a divisão das oito partes da série não é feita logicamente. Somente no quarto episódio, na metade da temporada, que Alex chega a tão esperada Point Blanc. Isso causa os quatro primeiro episódios serem arrastados e sempre fora de tom, com momentos infantis demais, e outros forçados demais para uma audiência adulta.

Mas se o público consegue chegar no quarto episódio, as histórias começam a fazer sentido e a série deslancha. Point Blanc tem todas as características que fazem qualquer pessoa de qualquer idade se prender em Alex Rider. Isso porque a cinematografia da série muda completamente. Agora, cortes, posições de câmera e trilha conversam com a narrativa e o tom daquele ambiente. A audiência é condicionada a sentir o que o protagonista sente, e embarca na proposta que a série tentou apesentar desde o começo.

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Assim, Alex se torna relacionável e suas atitudes são realistas. A audiência sente que ele possui o chamado “plot armor“, quando um personagem é claramente protegido pelo roteiro e nunca morre. Mas ao mesmo tempo, esse mesmo roteiro dá a ele a quantidade de decisões erradas – e suas consequências – o suficiente para isso não ficar muito absurdo.

Então, por mais que o começo engasgue e leve um tempo para entender o tom de Alex Rider, quando a série finalmente se encontra, ela serve de um ótimo seriado pipoca para ver com a família e prender a atenção de todos. Assim, o último episódio é um dos pontos mais altos da série, que que responde perguntas na mesma velocidade que levanta outras, com um claro flerte a uma segunda temporada.

Não foi para menos que o segundo ano da série já está confirmado, com expectativa para começo das gravações já em 2021. Alex Rider já está disponível na Amazon Prime Video. Aliás, a série estreou dia 13 na plataforma.


Título: Alex Rider
Temporadas: 1
Elenco: Otto Farrant, Stephen Dillane, Vicky McClure, Andrew Buchan, Brenock O’Connor, Ronkẹ Adékoluẹjo. Liam Garrigan, Ace Bhatti, Thomas Levin, Haluk Bilginer, Howard Charles, Nyasha Hatendi, Ana Ularu, Marli Siu

Nota: 3/5

Avaliação: 3 de 5.

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Gabrielle Yumi
Jornalista e sócia do Quarto Nerd, sou apaixonada por cultura pop e whovian all the way. Busco ativamente influenciar e ampliar a voz de mulheres no meio geek/nerd. Cabelo colorido e muito pop é quem eu sou dentro do meu quarto nerd.