Capitão América: Como Sam Wilson Redefine o Heroísmo

O aguardado Capitão América: Admirável Mundo Novo chegou aos cinemas no dia 13 de fevereiro de 2025, trazendo Sam Wilson como o novo Capitão América. Nesta nova fase do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), Wilson enfrenta um dilema moral ao descobrir a corrupção dentro do governo dos Estados Unidos.

Embora compartilhe os ideais de igualdade e justiça de seu antecessor, Steve Rogers, Sam tem uma visão mais realista do mundo e de como o sistema realmente funciona. Sua jornada promete redefinir o significado do escudo e o papel do Capitão América em um contexto político cada vez mais complexo.

O Capitão de Steve Rogers e a Crítica ao Sistema

Inicialmente, Steve Rogers simbolizou a idealização dos Estados Unidos e o sonho americano das décadas de 1940 e 1950. Como um herói patriótico, ele representava a luta contra ameaças globais, como visto na icônica capa da primeira edição de Capitão América, onde ele é retratado socando Adolf Hitler. Então, se tornou reflexo do imenso sentimento patriótico dos americanos, unindo as classes sociais contra o nazismo.

Contudo, com o passar do tempo, Rogers percebe que o governo nem sempre age com integridade. Aliás, isso fica evidente em Capitão América: Guerra Civil (2016), quando ele decide se opor ao Acordo de Sokovia, percebendo que aqueles que ele seguia agora estavam do outro lado da batalha.

Enquanto Steve Rogers permanecia congelado, o governo tentou recriar o soro do super-soldado, mas de forma cruel e desumana. Em Falcão e o Soldado Invernal, conhecemos Isaiah Bradley, o primeiro Capitão América negro, que surgiu nos quadrinhos em 2003. Ele foi um dos poucos sobreviventes de um experimento militar secreto. Infelizmente, Bradley passou 30 anos preso, foi usado como cobaia para novos testes com o soro, o que afetou sua saúde mental e fez com que ele desenvolvesse um profundo ressentimento contra o governo e os militares, além de ser apagado da história. O Bradley só foi reconhecido no final da série. Entretanto, enquanto era condecorado, em ‘Admirável Mundo Novo’, o mesmo tenta matar o General Ross na Casa Branca.

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Sam Wilson: Um Capitão América para os Tempos Modernos

Sam Wilson, o atual Capitão América, compartilha os valores de justiça de Steve Rogers, mas possui uma visão mais crítica sobre seu país. Nos quadrinhos, a edição #12 da HQ do Falcão aborda essa realidade ao mostrar Sam sendo preso injustamente por ser negro, enquanto a polícia deixa um criminoso branco em liberdade. Esse episódio ilustra a desigualdade racial presente no sistema de justiça.

Essa questão também aparece na série Falcão e o Soldado Invernal (2021), especialmente no discurso impactante de Sam. Nele, ele critica como os governantes, muitas vezes, tratam com descaso aqueles que voltaram do Blip, além de imigrantes e até mesmo ele, simplesmente por ser um Capitão América negro. Dessa forma, sua versão do herói não é apenas um símbolo de esperança, mas também um lembrete poderoso de que o patriotismo não deve ser cego. Pelo contrário, ele precisa reconhecer falhas e, acima de tudo, buscar justiça para todos.

Representatividade e o Impacto

No livro ilustrado da Marvel A Hero Looks Like You (“Um Herói Que Se Parece com Você”, em tradução livre), acompanhamos a jornada de um garotinho negro que busca um herói para se identificar. Durante sua busca, ele encontra inspiração em Sam Wilson, o Falcão, que assumiu o manto do Capitão América. A história transmite uma mensagem poderosa: qualquer pessoa pode ser um herói, independentemente da cor da pele ou da origem. O livro reforça a importância da representatividade e mostra que o legado do Capitão América vai além de um escudo – trata-se de coragem, justiça e inclusão.

Assim como Luke Cage, que se tornou um símbolo da resistência da comunidade negra nos anos 1970, Sam Wilson traz um novo significado para o manto do Capitão América. Ele vai além do heroísmo tradicional, usando sua posição para lutar ativamente por equidade e justiça social.

O Futuro do Capitão América no MCU

Afinal, com essa nova abordagem, o que significa ser o Capitão América nos dias de hoje? Como Sam Wilson pode redefinir esse legado em um mundo que ainda luta contra injustiças? Essas são questões que o filme promete explorar, deixando no ar um questionamento maior: quem são os verdadeiros heróis da nossa sociedade?

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Natália Vieira
Nerd desde sempre, ama gatos e amante das artes visuais. Formada em Tecnologia da Informação, já leu muito livro e gosta de histórias bizarras e magicas