365 DNI | Autora fala sobre polêmicas e Síndrome de Estocolmo: “Eu acho que minha heroína não sofre de nenhuma síndrome”

365 DNI

Devido a pandemia do covid-19, os cinemas tiveram que ser fechados, e dessa forma o público virou os olhos para as plataformas de streaming. Com isso, muitos filmes e séries se tornaram sensação no ano passado, entre eles está o romance sexual, 365 DNI. Mas, o filme acabou gerando algumas discussões sobre como ele escolhe abordar alguns assuntos.

Recentemente, a autora dos livros, Blanka Lipińska, conversou com a revista Capricho sobre como o público reagiu sobre seus livros.

Eu não posso controlar quem lê meus livros nem quem assiste ao filme.“, mas quando questionada sobre os temas abordados como a romantização do tráfico sexual e estupro, ela disse: “Se eles disserem algo assim, provavelmente não leram os três livros. Se alguém ler a história inteira e ainda tiver essa opinião, terei o maior prazer em discuti-la, mas se não, não há sentido em fazer isso.

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Quando questionada sobre o tema que foi fortemente apontado pela crítica, Síndrome de Estocolmo, a escritora citou a animação da Disney “A Bela e a Fera“. Veja abaixo:

A Bela de “A Bela e a Fera” estava sofrendo? Essas duas histórias não diferem muito. Minha história, porém, é para os adultos que podem dizer o que é bom e o que é ruim na vida. “A Bela e a Fera” é um conto de fadas para crianças que ainda não entenderam as regras do mundo. Eu acho que minha heroína não sofre de nenhuma síndrome, porém, para saber isso, é preciso ler os três livros.”

Mas é claro que o filme foi comparada a outra produção romântica sexual de sucesso, “Cinquentas Tons de Cinza“. Quanto as comparações aos personagens, a escritora falou sobre equilíbrio.

As mulheres sentem falta dos “homens de verdade”. Infelizmente, no século 21, os homens têm bolas menores do que as mulheres. As mulheres decidem, organizam, criam e um homem fica confortável e começa a se ajustar. A Mãe Natureza o criou de forma diferente e é por isso que as mulheres sentem falta da sensação de ser “uma menina”. O homem é quem decide, domina, dá sensação de segurança. Mas não podemos confundir isso com submissão ou falta de independência. Eu sou um exemplo perfeito disso. Nos negócios, eu sou implacável, dura e persistente. Em casa, eu gostaria de ser cuidada, decidir por mim e me dominar de vez em quando. Isso me dá um equilíbrio. É exatamente por isso que as mulheres amam homens como Gray ou Massimo. Eles não pedem, eles fazem.

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Vale lembrar que, o filme, 365DNI, que teve seus direitos adquiridos pela Netflix no ano passado se tornou rapidamente um sucesso da plataforma. Dessa forma, a Netflix não demorou muito para confirmar a produção do segundo filme para a adaptação dos livros. Mas, o filme foi uma das grandes controvérsias da plataforma trazendo dois tipos de público, os que amaram, e os que odiaram.

Além disso, esse segundo grupo criou uma petição pedindo que a Netflix retirasse de seu catalogo 365 DNI. Hoje em dia, a petição está chegando próximo ao 100 mil assinaturas. Na época, a Netflix se pronunciou sobre a produção, dizendo que não retiraria do catálogo.

Acreditamos fortemente em oferecer aos nossos membros em todo mundo mais escolhas e controle sobre a experiência de assistir à Netflix”, afirmou a empresa em seu comunicado. “Membros podem escolher o que fazem e não fazem ao estabelecerem filtros de conteúdo em perfis”.

Mas e você, concorda com o que a autora falou sobre 365 DNI? Conta pra gente nos comentários.

Marta Fresneda
Líder do site de entretenimento O Quarto Nerd. Apaixonada por cultura pop, com objetivo de influenciar e incentivar mulheres na área de comunicação voltado ao mundo nerd.