Dia Mundial do Rock | Os reis do gênero com mais ouvintes no mundo

Rock

Desde que me entendo por gente, sábado é dia de arrumar a casa. E, desde que me entendo por gente, a trilha sonora perfeita para isso é o Rock. Já perdi as contas de quantas vezes – com os meus 8 ou 9 anos de idade -, eu acordei ao som de alguma banda famosa dos anos 80. E minha mãe é a grande culpada por isso. Tudo o que sei sobre o Rock, é ela quem me ensinou. Na verdade, com tantas vertentes que temos dentro do ritmo, fui influenciada por tanta gente que não me lembro um dia se quer de não conhecê-lo.

Minha mãe me ensinou o Rock dos anos 2000 e alguns dos anos 80, como Guns N’ Roses. Já a minha tia, por outro lado, me ensinou os primórdios do Rock, como Elvis Presley e The Beatles, por exemplo. Por fim, até a minha irmã do meio soube me influenciar com os Rocks dos anos 90, marcando bastante minha infância e pré-adolescência com canções do Nirvana e até do Green Day.

Mas, a verdade é que, mesmo sem saber, todo mundo ao meu redor foi responsável por me inserir nesse mundo novo. Aliás, de todos nós. E é exatamente sobre isso que vim falar para vocês neste Dia Mundial do Rock: a forma com que o ritmo ficou conhecido por todo o mundo. Para começar, é importante lembrar que, apesar de ser considerado o rei do Rock, Elvis não foi o responsável por dar vida ao gênero.

Antes de ser cancelada na internet, tenho de contar que, o Rock como conhecemos hoje, na verdade, começou como a emersão do Rhytm and Blues lá na década de 50. O ritmo, que até então era chamado apenas de Blues, começou a ser conhecido, primeiramente, como uma música popular originada nas comunidades afro-americanas. Por ter um ritmo mais eletrificado, mais agitado, o gênero começou a ser escolha de música dos jovens – principalmente dos negros – naquela época.

Já falamos por aqui que o Rhytm and Blues também influenciou a emersão do Funk Carioca, certo? E aí vocês perguntam: “Mas, então, ele é a origem para todos os outros ritmos?”. E eu respondo: sim e não.

Lá no início de tudo, a indústria musical era dividida e categorizada de acordo com a sociedade da época. Isto é, 1) Música Popular, que não era nada mais do que as músicas mainstream; 2) Race Music, quando artistas negros eram contratados e vendidos; e 3) Hillbilly Music, que significava a província de artistas pobres. Mas, anos depois, isso virou a arquitetura da indústria musical moderna, em que, com exceção da Música Popular que continuava no topo da pirâmide, as outras duas categorias deram espaço para o Rhytm and Blues e a Música Country.

Sendo assim, com o crescimento da indústria musical, as pessoas passaram a ouvir músicas afro-americanas com mais frequência, dando origem para o Jazz e o Swing. Então, artistas como Chuck Berry (guarda esse nome pois falaremos dele mais para frente) e Little Richard começaram a ter mais visibilidade na música, servindo de palco para que Presley pudesse ser o que foi.

Há um debate muito forte em torno disso, já que há 3 possíveis artistas que podem ser considerados como progenitores do Rock and Roll. Para começar, Elvis Presley: o mais conhecido de todos. Depois temos Chuck Berry, considerado o mestre do Rock, já que foi ele o responsável por desenvolver um tipo particular do estilo de guitarra e de canto que associamos ao Rock and Roll, sem contar suas expressões corporais e as letras das canções. Por fim, porém não menos importante, a banda Bill Halley and his Comets com o clássico single “Rock Around the Clock ”.

Mas a verdade é que não importa quem seja o primogênito do ritmo. O que importa é que o Rock, assim como os diversos gêneros que existem por aí, possui vários tipos de vertentes, desde o ritmo tradicional que conhecemos e que foi desenvolvido pelos artistas descritos aí em cima, até o Indie Rock que ganhou mais espaço na indústria nos anos 2000.

Claro que, vale ressaltar que o gênero não foi tão bem aceito na sociedade como é hoje. Mas, por conta de grandes artistas não americanos, como por exemplo The Beatles, a indústria começou a entender que o Rock and Roll havia começado a viajar pelo mundo. Talvez tenha sido a harmonia musical da banda, ou talvez a ficha tenha caído e a indústria enxergou que o gênero era muito mais do que aparentava ser e que, talvez – mas só talvez -, ele conquistaria o patamar que conquistou ao longo dos anos.

Mas, não importa qual vertente do Rock você seja fã, porque não importa se é Rock Clássico, Punk Rock, Pop Rock, Indie Rock, ou qualquer outro tipo. O que importa é que esse é o verdadeiro ritmo que nunca acaba, pois ele inspira e influencia diversos outros gêneros ao redor do mundo, podendo se misturar e alcançar qualquer um.

Eu fui uma delas. De pouquinho em pouquinho, o Rock foi me marcando e, hoje, posso dizer que o meu repertório e meu gosto musical é muito mais rico graças à ele.

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Mas, e você? Qual a sua história com o Rock?
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Raphaela Lima
Completamente apaixonada por música e pelo Spider-Man, usa seu conhecimento sobre a comunicação e a cultura pop e seu vício em filmes e memes para complementar a equipe das nerds da cadeira.