No início da década passada, uma saga de livros escrita por Rick Riordan e baseada em uma releitura da mitologia na contemporaneidade se tornou sucesso mundial.
Por volta de 2008, onde se andava, via-se jovens leitores com um exemplar de “O Ladrão de Raios” na mão, ou utilizando camisetas laranja escritas “Acampamento Meio-Sangue” (e, anos mais tarde, roxas, com os dizeres “Acampamento Júpiter”). Também, à época, era comum a comparação com outros grandes sucessos da literatura de fantasia, a exemplo de Harry Potter.
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Com o recente lançamento da série Percy Jackson e os Olimpianos na Disney Plus – uma adaptação que promete ser muito mais fidedigna aos livros –, que chegou ao streaming em dezembro do ano passado, todo mundo voltou a reviver sua paixão pelo semideus mais famoso do mundo.
Agora, em cada esquina, há um jovem adulto fã que resolveu tirar a camiseta do armário e o livro da estante, para reviver as delícias e as risadas que só a aventura de Percy, Annabeth, Grover, Tyson e – por que não? – Jason, Piper, Leo, Frank, Hazel, Nico, Thalia, Carter, Sadie, Zia, Magnus, Samirah, Alex, Lester, Meg, entre muitos outros, poderiam proporcionar.
E, sendo nós grandes fãs que também se emocionaram com a chegada de uma adaptação à altura da obra, este artigo foi escrito para entendermos melhor por que o Universo Riordan é tão genial em sua completude.
O professor Rick Riordan
(Imagem: Rick Riordan / Reprodução)
Antes de se tornar um escritor mundialmente famoso, Rick Riordan era professor de Inglês e História nas redes públicas de ensino da baía de São Francisco, Califórnia. Tal profissão perdurou por quinze anos, e o conhecimento aplicado ali foi o que possibilitou a missão a seguir…
Para ajudar seu filho Haley Riordan, que havia acabado de ser diagnosticado com TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) e dislexia, na escola, sendo que sua disciplina de maior dificuldade era História, ele passou a escrever histórias de ninar baseadas em mitologia grega.
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Assim se criou uma narrativa improvisada que, mais tarde, evoluiu para o mundo de Percy Jackson, um herói meio-sangue contemporâneo, residente da cidade de Nova Iorque e filho de Poseidon, que precisava sobreviver a provações de vida e morte, como conseguir uma nota boa em Literatura, e executar tarefas mundanas, como trocar a fralda de um bebê ciclope.
Para tornar a história mais identificável para os jovens leitores enfrentando desafios cognitivos semelhantes, Riordan se baseou nas experiências de seu filho para criar Percy. Dessa forma, na saga Percy Jackson e os Olimpianos, narrada em primeira pessoa pelo herói adolescente, a ocorrência da somatória do TDAH com dislexia se justifica logo no começo como os principais elementos para reconhecer um jovem semideus…
“Olhe, eu não queria ser um meio-sangue”
(Imagem: @jumpy_bun no Instagram / Reprodução)
Esta é a célebre frase que o narrador utiliza no capítulo de abertura de “Percy Jackson e o Ladrão de Raios” (2005), na qual o herói mirim começa a explicar como foi chegar até ali, e aconselha aos leitores que, caso algum se reconheça naqueles relatos, que comece a se preparar para o que virá a seguir, já que ser um semideus significa viver um perigo constante:
“Se você está lendo isto porque acha que pode ser um, meu conselho é o seguinte: feche este livro agora mesmo. Acredite em qualquer mentira que sua mãe ou seu pai lhe contou sobre seu nascimento, e tente levar uma vida normal.
Ser meio-sangue é perigoso. É assustador. Na maioria das vezes, acaba com a gente de um jeito penoso e detestável.
Se você é uma criança normal, que está lendo isto porque acha que é ficção, ótimo. Continue lendo. Eu o invejo por ser capaz de acreditar que nada disso aconteceu.
Mas, se você se reconhecer nestas páginas – se sentir alguma coisa emocionante lá dentro –, pare de ler imediatamente. Você pode ser um de nós. E, uma vez que fica sabendo disso, é apenas uma questão de tempo antes que eles também sintam isso, e venham atrás de você.”
Os semideuses, isto é, crianças com paternalidade metade divina, metade mortal, da série infanto-juvenil de estreia de Riordan, possuem dislexia para que possam ajustar naturalmente sua leitura à língua grega antiga, bem como TDAH para que seus reflexos estejam sempre alertas e, portanto, que exista um instinto de sobrevivência sempre acionado.
Mas não foi apenas pela tratativa de dialogar diretamente com os leitores e ter uma escrita leve, acessível a crianças, que Riordan conseguiu transformar Percy em um fenômeno literário.
A eficácia em combinar temas atuais com a seleção de lendas clássicas uma vez registradas por Homero e Virgílio em suas epopeias foi o que chamou a atenção do mundo. Mais do que nunca, os jovens queriam consumir novos conhecimentos da Antiguidade, para complementar a sua aficção em uma das séries mais hypadas do momento.
Assim, por mais que o nosso querido herói nos alertasse que ser um meio-sangue não era algo a se desejar, nós não podíamos evitar: todo mundo queria ser um semideus.
As cinco maravilhas de Rick Riordan
Apesar de o mundo grego de Percy ter sido o primeiro a ser desenvolvido canonicamente pelo “Tio Rick” (como ele foi carinhosamente apelidado pelo fandom brasileiro), o autor não parou por aí:
Percy Jackson e os Olimpianos – 2005-2009 e 2023-2024 (livros seis e sete)
A série segue as aventuras de Percy Jackson, um semideus filho de Poseidon, de, inicialmente, 12 anos, que mora em Nova Iorque e convive com os desafios do dia a dia de uma criança hiperativa e disléxica. Ao descobrir sua ascendência divina e se ver alvo de perigos constantes, ele vai para um local especial para crianças meio-sangues como ele, uma colônia de férias onde ele deve aprender a controlar seus poderes e aprimorar seus instintos de sobrevivência. Ao longo dos anos, Percy descobre que é protagonista de uma antiga profecia, que poderá salvar ou arruinar completamente o mundo que conhece. Assim, ele precisa realizar missões envolvendo o mundo mitológico grego, como recuperar o raio de Zeus e impedir a ressurreição do titã Cronos. Ao longo dos cinco livros, Percy desenvolve suas habilidades semidivinas, defende o Acampamento Meio-Sangue e se torna um dos grandes heróis do Olimpo.
Os Heróis do Olimpo – 2010-2014
Saga de continuação, Os Heróis do Olimpo segue os desafios de um grupo de sete semideuses adolescentes, incluindo Percy, em uma missão para evitar o despertar de Gaia e seus gigantes. O diferencial da primeira série é a narração, que ocorre em diferentes perspectivas, e a mistura com o mundo mitológico romano, do qual alguns dos personagens vêm – seu treinamento militar e cultura fundamentados no Acampamento Júpiter, que fica na costa oeste dos Estados Unidos. Ao longo de cinco livros, Annabeth, Jason, Piper, Hazel, Frank e Leo, além do herói favorito do Olimpo, se unem para impedir catástrofes que ameaçam o mundo dos deuses e dos humanos. A série culmina em uma batalha épica contra as forças do mal.
As Crônicas dos Kane – 2010-2012
Esta série se inicia com os irmãos Sadie e Carter Kane presenciando uma explosão em um museu, que mata seu pai e abre uma porta com o mundo divino antigo. Ao liberarem inadvertidamente deuses egípcios e se descobrirem parte de uma linhagem milenar faraônica de magos de uma instituição secreta chamada Casa da Vida, eles embarcam em uma jornada para fazer a manutenção da ordem evitar o caos. A trilogia se passa em diversos pontos do mundo mortal e também dentro do Duat, a dimensão divina, no qual os dois aprendem a lidar com sua herança mágica, tornam-se receptáculos dos deuses Hórus e Ísis, e buscam impedir a destruição do mundo por forças ancestrais. Embora a série não retrate evidências da mitologia greco-romana, quem leu as sagas anteriores pode fazer paralelos com os adventos enfrentados pelos semideuses. Além disso, os Kane protagonizam crossovers com Percy e Annabeth, em contos presentes em alguns livros spin-offs.
Magnus Chase e os Deuses de Asgard – 2015-2017
Mais uma série do Riordanverse que sugestiona o crossover com as demais desde o seu nome (ele é primo de Annabeth Chase, filha de Atena que aparece nas duas sagas iniciais de Riordan)! Magnus Chase é um órfão que mora nas ruas de Boston até… morrer em um suposto “ataque terrorista”. Porém, a morte não é o fim. Ao ser considerado um herói por uma Valquíria, sua alma é levada até Valhala, o salão imortal dos guerreiros dos deuses nórdicos. Descobrindo-se, então, um semideus nórdico, filho de Frey, o deus do verão, Magnus se envolve em missões para evitar o Ragnarök, como é chamado o fim do mundo pela cultura viking. Ao lado de amigos, busca artefatos importantes, enfrenta deuses e lida com desafios para salvar os Nove Mundos. A trilogia se destaca, ainda, por tratar de questões de gênero e sexualidade, temas bastante atuais.
As Provações de Apolo – 2016-2020
A saga grega tem como protagonista o deus do sol e da música, Apolo, que é transformado em humano, perde seus poderes e incorpora o mortal Lester Papadopoulos, embarcando numa jornada de recuperar oráculos perdidos. Acompanhado por Meg, uma semideusa, enfrenta conspirações, combate tiranos e passa por desafios para evitar catástrofes. Ao longo da jornada, Apolo aprende lições sobre humildade e amadurecimento, culminando em uma batalha épica para salvar o Olimpo e recuperar sua divindade.
Spin-offs, crossovers e, enfim, o Riordanverse
(Imagem: Divulgação)
Como comentado, a obra de Rick Riordan já conta com cinco séries completas baseadas em mitologias grega, romana, egípcia e nórdica. No entanto, o chamado “Riordanverse” também dispõe de diversos livros spin-offs, com contos secundários e guias de imersão nas sagas, e alguns crossovers.
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Todo esse complexo universo se interliga, ainda que sejam poucas as vezes que as mitologias se encontrem de fato na história – afinal, isso poderia gerar uma catástrofe mágica de alta dimensão. A “desculpa” para esse fenômeno, nos livros, é diversa, mas os fãs conseguem estabelecer ligações entre os acontecimentos canônicos e relacionar os eventos, embora os próprios protagonistas estejam, em muitos momentos, alheios da coexistência dos universos.
Abaixo, está a lista de todos as as histórias, por ordem canônica de leitura, e onde encontrá-las:
- O Ladrão de Raios (vol. I da série Percy Jackson e os Olimpianos)
- O Mar de Monstros (vol. II da série Percy Jackson e os Olimpianos)
- A Maldição do Titã (vol. III da série Percy Jackson e os Olimpianos)
- A Batalha do Labirinto (vol. IV da série Percy Jackson e os Olimpianos)
- A Pirâmide Vermelha (vol. I da série As Crônicas dos Kane)
- O Trono de Fogo (vol. II da série As Crônicas dos Kane)
- O Último Olimpiano (vol. V da série Percy Jackson e os Olimpianos)
- A Sombra da Serpente (vol. III da série As Crônicas dos Kane)
- A Cantora de Apolo (conto spin-off de Percy Jackson e os Olimpianos, disponível em e-book)
- O Herói Perdido (vol. I da série Os Heróis do Olimpo)
- O Filho de Netuno (vol. II da série Os Heróis do Olimpo)
- A Marca de Atena (vol. III da série Os Heróis do Olimpo)
- A Casa de Hades (vol. IV da série Os Heróis do Olimpo)
- O Sangue do Olimpo (vol. V da série Os Heróis do Olimpo)
- O Filho de Sobek (conto crossover entre mundo grego e egípcio, disponível em e-book)
- O Cajado de Serápis (conto crossover entre mundo grego e egípcio, disponível em e-book)
- A Coroa de Ptolomeu (conto crossover entre mundo grego e egípcio, disponível em e-book)
- O Cálice dos Deuses (vol. VI da série Percy Jackson e os Olimpianos)
- A Espada do Verão (vol. I da série Magnus Chase e os Deuses de Asgard)
- O Martelo de Thor (vol. II da série Magnus Chase e os Deuses de Asgard)
- O Navio dos Mortos (vol. III da série Magnus Chase e os Deuses de Asgard)
- O Oráculo Oculto (vol. I da série As Provações de Apolo)
- A Profecia das Sombras (vol. II da série As Provações de Apolo)
- O Labirinto de Fogo (vol. III da série As Provações de Apolo)
- A Tumba do Tirano (vol. IV da série As Provações de Apolo)
- A Torre de Nero (vol. V da série As Provações de Apolo)
- O Sol e a Estrela (livro spin-off dos personagens gregos Nico DiAngelo e Will Solace, disponível em e-book)
- Wrath of Triple Goddess (vol. VII da série Percy Jackson e os Olimpianos ainda sem nome em português e com o lançamento previsto para 24 de setembro de 2024)
Além disso, as séries dispõem de diversos livros spin-offs de apoio, que trazem curiosidades complementares do Riordanverse. Abaixo, estão dispostos os títulos em ordem de publicação.
- Arquivos do Semideus (livro spin-off da série Percy Jackson e os Olimpianos)
- Guia Definitivo (livro spin-off da série Percy Jackson e os Olimpianos)
- Semideuses e Monstros (livro spin-off da série Percy Jackson e os Olimpianos)
- Os Diários do Semideus (livro spin-off da série Percy Jackson e os Olimpianos)
- Percy Jackson e Os Deuses Gregos (livro spin-off da série Percy Jackson e os Olimpianos)
- Os Heróis Gregos (livro spin-off da série Os Heróis do Olimpo)
- Guia de Sobrevivência (livro spin-off da série As Crônicas dos Kane)
- Manual para Magos (livro spin-off da série As Crônicas dos Kane)
- Hotel Valhala: Guia dos Mundos Nórdicos (livro spin-off da série Magnus Chase e os Deuses de Asgard)
- Contos: 9 dos Nove Mundos (livro spin-off da série Magnus Chase e os Deuses de Asgard)
- Segredos do Acampamento Meio-Sangue (livro spin-off da série As Provações de Apolo)
- Segredos do Acampamento Júpiter (livro spin-off da série As Provações de Apolo)
Caso Percy Jackson: de flop cinematográfico até um dos maiores fandoms do mundo
(Imagem: Fox Films / Reprodução)
O universo mitológico de Riordan teve um crescimento orgânico pela sua originalidade, mas a adaptação nos cinemas de “O Ladrão de Raios” em 2010 e “Mar de Monstros” em 2013, e sua pesada crítica negativa, chateou muito o autor e sua família.
Uma das principais críticas envolveu a adaptação da trama, com muitos elementos-chave dos livros sendo alterados ou omitidos, o que frustrou os fãs leais da série literária. Além disso, a escolha de elenco e as performances também foram alvo de reclamações da fanbase, com alguns espectadores sentindo que os atores não capturaram totalmente a essência dos personagens.
A direção dos filmes também foi questionada, com as avaliações negativas apontando para escolhas estilísticas e tom que não se alinhavam adequadamente com o espírito dos livros – leve e recheado de humores inocentes, uma vez que o protagonista é um pré-adolescente.
No entanto, os fãs não deixaram de apoiar e adorar a história fidedigna dos livros. O fandom de semideuses se alastrou na internet principalmente entre os RPGs de fórum e Orkut, e não se limita apenas à saga greco-romana. As redes sociais, comunidades online e eventos dedicados à mitologia e aos livros são plataformas onde eles se conectam, discutem teorias e compartilham sua devoção pela série.
Em um movimento paralelo e similar ao que os potterheads faziam nas comunidades de Harry Potter, com cada fã se reconhecendo em uma das quatro casas de Hogwarts com base em sua personalidade e interesses, os fãs de Percy Jackson se denominavam “semideuses”, e elegiam um deus ou deusa para ser seu parente divino. No Twitter, os FCs (contas “fã clube”) criaram a cultura de, frequentemente, postar horóscopos baseados na ancestralidade divina dos deuses gregos.
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A participação ativa do autor nas redes sociais também fortaleceu a ligação entre ele e os fãs, criando uma comunidade engajada que continua a crescer mesmo após o término da série original.
(Imagens: Walt Disney Company / Reprodução)
Em 2017, a Walt Disney Company comprou a Fox, o que significava deter os direitos de adaptações de diversas sagas e títulos, inclusive a franquia cinematográfica Percy Jackson. Foi, assim, por volta de 2020, que começou-se a especular sobre a nova adaptação, em formato de série televisiva, que depois veio a ser confirmada como uma produção original a entrar no catálogo da Disney+.
Ainda que a demora tenha incomodado os fãs, desde o momento em que a série foi confirmada, a Disney foi perspicaz em soltar, de tempos em tempos, pílulas de conteúdo para manter a comunidade engajada e esperançosa quanto à chegada de uma adaptação com maior verossimilhança e apegada aos detalhes dos livros.
Em entrevista, Rick Riordan revelou que os filhos não demonstram interesse na nova produção, pois se lembram como a família ficou devastada no início da década passada em detrimento do flop dos dois filmes. No entanto, toda a atenção que a Disney veio dando para a produção da série, lançada oficialmente em dezembro de 2023, demonstra, no mínimo, muito cuidado e empenho em entregar algo que tanto o criador da série possa se orgulhar, quanto se retratar definitivamente com o fandom.
Semideuses do mundo, uni-vos!
(Imagem: Gabrielle Yumi, do O Quarto Nerd)
Com data de estreia marcada para final de 2023, as ações de “esquenta” para a série Percy Jackson e os Olimpianos vêm sendo feitas há, pelo menos, um ano, quando o casting foi encerrado e os primeiros frames do filho de Poseidon chegando na Colina Meio-Sangue e utilizando a típica camiseta laranja começaram a ser postados em redes oficiais.
Recentemente, na CCXP 2023, a Disney divulgou trechos inéditos da nova série em seu painel e, no dia 18 de dezembro, o Shopping Eldorado, em São Paulo, sediou uma exibição de pré-estreia, transmitindo os dois primeiros episódios nas telas do Cinemark, com entrada limitada para membros da indústria do entretenimento, imprensa e fãs seletos. Quem comparecia, recebia um uniforme do Acampamento Meio-Sangue similar ao presente na série.
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Os episódios passaram a ser disponibilizados, um a um, a partir de 20 de dezembro no streaming, com recorrência semanal, toda terça-feira, e a internet (tanto fãs antigos, quanto novos apreciadores) comenta sem parar!
Desde o fenômeno da adaptação de The Last of Us pela HBO, que se deu em fevereiro de 2023, os internautas não se viram tão imersos em discutir e especular sobre as próximas etapas da história… Agora, toda pessoa que se engaja em cultura pop não pode rolar o feed do X (antigo Twitter) sem se ver bombardeado por reviews ou spoilers da série.
Além disso, outras ativações da série estão sendo feitas por agências ao redor do mundo. Em São Paulo, o Parque Villa Lobos recebeu o “Acampamento Disney”, uma experiência imersiva da Colina Meio-Sangue, dos dias 13 a 28 de janeiro. A entrada era gratuita, e portanto a fila era enorme!
Mas quem é fã mesmo acaba se contentando com pouco… E nós estávamos lá, vestindo camisetas laranjas, brincando de arco-e-flecha e tirando fotos como se estivéssemos dentro do universo.
Ah, que época maravilhosa para ser um semideus! <3
Expectativas para o Universo Riordan nas mãos da Disney
(Imagem: Iana Maciel e Victor Roldão)
Embora a nova adaptação esteja, de fato, entregando tudo e muito mais do que os filmes jamais pretenderam, nem toda crítica tem sido cem por cento positiva.
Há quem diga que esperava um tom ainda mais debochado e jocoso da perspectiva das filmagens, algo que se conectasse com a narração em primeira pessoa de Percy. É fato que a Disney perdeu um pouco a mão ao ajustar o tom para uma produção muito similar aos seus títulos do Universo Marvel, talvez preocupada em inserir a história de Riordan em uma estrutura que eles já sabiam ser eficaz.
Falando por mim, que sou filha de Zeus desde criancinha, esses pequenos deslizes não têm estragado a experiência. Inclusive, espero que eles façam de Walker Scobell (que interpreta Percy), Leah Jeffries (que impersona Annabeth) e Aryan Simhadri (o nosso Grover Underwood) os novos Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint – e que, para bem ou para mal, eles assinem com a produtora pelos próximos dez anos, até o fim da adaptação de todo o Riordanverse!
Se algum canal tem verba e base de espectadores o suficiente para investir em adaptações dos mundos romano, egípcio, nórdico e sabe-se lá qual é a próxima mitologia que o Tio Rick incorporará às suas histórias, esse canal é a Disney.
Já posso ver a minha eu de trinta anos maratonando todas as séries em sequência em um fim de semana chuvoso, me lembrando de todas as noites que a Ianinha de quinze dedicou para construir e viver as aventuras semidivinas de sua personagem em um RPG.
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E você? O que tem achado da primeira temporada da série? Quais são as expectativas para o Riordanverse sob nova direção televisiva? Compartilhe insights com a gente nos comentários!
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