Crítica: O Menino Que Queria Ser Rei (2019)

Mesmo sendo uma história da época medieval, Rei Artur sempre tem uma nova releitura e adaptação. Desde os amados livros da trilogia d’As Crônicas de Artur de Bernard Cornwell, a linda animação da Disney A Espada Era a Lei, até as várias séries e filmes que recontaram a história.O mais recente agora é O Menino Que Queria Ser Rei.
Alex (Louis Serkis) é um garoto comum, mas que  enfrenta problemas no colégio. Seu melhor amigo Bedders (Dean Chaumoo) sofre bullying e ele sempre está lá para defendê-lo da dupla de valentões  Lance (Tom Taylor) e Kaye (Rhianna Dorris).Um dia, fugindo desses dois, ele encontra uma espada encantada presa em uma pedra e a retira de lá.  A partir desse momento, ele é dono da Excalibur, que pertencia ao Rei Artur, mas ele apenas desconfia da verdade.
Possuir essa espada acaba trazendo muitas responsabilidades para o garoto, já que  a meia-irmã do rei Arthur, Morgana (Rebecca Ferguson), está prestes a retomar seu poder e destruir o mundo. Para guiar e ajudar Alex entra em cena o grande feiticeiro Merlin (Angus Imrie), em sua versão jovem, que será seu mentor para enfrentar os perigos que o aguardam.
Alex, ao descobrir a origem da espada, decide se compromete com a missão de salvar o mundo, levando consigo seu melhor amigo e, surpreendentemente, os valentões que não os deixam em paz. Esses elementos por si só dão pistas de como a narrativa é bem interessante.
O filme é muito engraçado e divertido. Ver as aventuras de Alex e seus “escudeiros” pela Inglaterra vai despertando o nosso lado sonhador, mas além de descobertas no mundo exterior, as crianças descobrem muito sobre si mesmas. “Amizade, sempre falar a verdade, união, respeitar as pessoas amadas”: esses e outros elementos são essenciais para a expedição, como alerta Merlin; eles decidem o sucesso da missão. A cada desafio vencido, uma lição é aprendida. 
Ao longo do percurso, vários elementos da Lenda do Rei Artur vão sendo apresentados, como a Dama do Lago. Bom lembrar que a leitura é um hábito crucial para o desenrolar da história. O livro sobre a Rei Artur que Alex leva consigo diz todos os passos que devem ser tomados adiante. Pode-se dizer que o filme como um todo ensina bons valores e hábitos para os pequenos espectadores.
Mesmo sendo uma história conhecida, no começo do filme a lenda é contada em formato de animação. Além de servir como recapitulação para o início da película, esse recurso é bem útil para que a audiência mais jovem tenha ideia de Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda. Falando em elementos de animação, há de se salientar a qualidade dos efeitos especiais. Ao decorrer do filme, há inúmeros elementos mágicos, como criaturas das trevas, castelos e feitiços que se comunicam com as cenas de dia a dia muito bem e com naturalidade.

Apesar de sabermos que o bem sempre vence o mal nesse tipo de filme, a batalha final contra a poderosa e malvada Morgana ainda é bem emocionante e cheia de diversão.

A participação de Patrick Stewart na versão do Merlin mais velho dá um toque especial ao filme.É um ótimo, para todas as idades. Ainda dá para aproveitar com as crianças, mesmo nesse finalzinho de férias.



Trailer

Título Original: The Kid Who Would Be King

Diretor: Joe Cornish
Roteiro: Joe Cornish
Elenco:  Louis Serkis, Rebecca Ferguson, Patrick Stewart 
País/Ano: Reino Unido/2019
Distribuição: Fox Film do Brasil
Data de lançamento: 31 de Janeiro de 2019

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