Crítica | The Flash explora de forma inteligente e divertida os multiversos da DC


The Flash é o mais novo filme da DC e o primeiro filme solo do nosso herói Barry Allen. Dirigido por Andy Muschietti, diretor da saga IT, a coisa (2017-2019) e protagonizado por Ezra Miller. The Flash não é apenas mais um filme que aborda viagens temporais e multiversos. O filme consegue utilizar da metalinguagem como diferencial para o tema. Além disso, com a colisão de linhas do tempo, a história está cheia de referências de antigos heróis da DC, introduzindo inúmeras referências para os nerds.

Mas o diferencial do filme com certeza é o humor certeiro com uma ótima direção. Muschietti teve a missão de dirigir dois Flash’s no filme, com os mais diversos defeitos irritantes condizente com suas experiências de vida. Em The Flash seus primeiros minutos das 2 horas e meia de filme, é uma abertura frenética, com o herói salvando o mundo. Erza Miller consegue trabalhar bem as mudanças emocionais ao longo do filme, inseguro e sem jeito com pessoas, enquanto o outro Barry é despreocupado e tagarela, sem deixar cartunesco demais.

O longa é baseado nos quadrinhos do Flash intitulados: “Flashpoint” e segue o roteiro mais livremente, tal como a série do Flash lançada em 2014. No filme, Barry Allen descobre que consegue voltar no tempo com a sua velocidade, a sua chance de finalmente mudar o passado no evento triste que destruiu a sua infância.

Dessa forma, o nosso herói está decidido que consegue evitar o assassinato de sua mãe. Porém, as coisas saem do controle a partir do momento que Barry cria uma gama de universos paralelos. É aí que o filme utiliza da metalinguagem para nos explicar a colisão temporal. Como fios de espaguete, que se interceptam em um ponto, e a partir dele existem infinitas possibilidades e multiversos coexistindo, esses elementos são bem explorados. The Flash mistura comédia com drama e todos os atores conseguem trazer momentos realmente bons para o filme.

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Barry se vê preso em um universo onde de fato sua mãe está viva e o seu eu de 18 ainda está sem poderes. Dessa forma, é sua responsabilidade encontrar um jeito de sair daquela realidade, enquanto a terra está prestes a ser atacada pelo General Zod (Michael Shannon). Assim, com a ajuda do Batman aposentado do multiverso, interpretado por Michael Keaton, Flash se junta com seu outro eu mais novo e inconsequente, formando um time com a Supergirl (Sasha Calle) para salvar o mundo.

Keaton sem sombra de dúvidas é um ótimo parceiro para o Flash, e o filme não só tem esse elemento surpresa de misturar gerações de heróis em um só filme, como também ganha conteúdo produtivo para a história. Enquanto isso, The Flash possui ótimas cenas de ação, o que infelizmente fica sobrecarregado na história e acaba sendo um dos motivos para ela ter que se desenrolar mais apressadamente depois. Nós do QN gostamos realmente do filme e achamos que que o roteiro tinha um potencial para ser mais original e trazer mais inovações para a adaptação de Flash.

The Flash estreia nos cinemas nacionais no dia 15 de junho, e o QN te garante que vale a pena assistir nos cinemas. Com certeza, vai ser um daqueles filmes de herói que irá te tirar boas risadas e até para os mais emocionais, lágrimas irão rolar.

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Crítica | The Flash explora de forma inteligente e divertida os multiversos da DC

Título:    The Flash

Direção:  Andy Muschietti

Roteiro:   Christina Hodson

Elenco: Ezra Miller, Michael Keaton, Ben Affleck, Sasha Calle e Michael Shannon.

Nota:    4,0/5,0

Camila Tognin
Estudante de jornalismo e cinema, apaixonada por obras que abordam a visibilidade LGBTQIA+ e revoluções sociais. Muito fã de desenhos e Gamer nas melhores horas.