Filmes podem educar, além de entreter. Uma história bem contada e apresentada pode levar ao diálogo e, consequentemente, mudar percepções. Diversos cineastas têm feito comentários sobre questões sociais ampla ou vagarosamente discutidas.
É o caso de Papai é Pop (2022), que visa unir humor e drama num conto sobre paternidade, maternidade e as diferentes obrigações com as quais mães e pais são responsabilizados pelas diferenças já previamente impostas pelos papéis de gênero.
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O diretor Caíto Ortiz aproveita humor e irreverência ao abordar as diferenças entre maternidade e paternidade: ser mãe como algo intrínseco à mulher, enquanto ser pai é trabalho voluntário.
Na trama, o casal Tom (Lázaro Ramos) e Elisa (Paola Oliveira) espera o uma filha e, apesar de tentar ser atencioso com a esposa, ambos se atentam às responsabilidades diferentemente.
Tom é imaturo e irresponsável, e acha injusto se desfazer de seus hobbies, porém não vê problema que sua parceira se responsabilize por tudo sozinha.
Papai é Pop pergunta: afinal, o que ser pai?
Humor e comentário social andam de mãos dadas para Ortiz, que fez o mesmo no filme O Roubo da Taça (2016). O longa, estrelado por Taís Araújo, conta a história do roubo à taça Jules Rimet. Assim, o diretor aproveita e faz um resgate histórico ao período da ditadura militar.
Uma dramédia, segundo a atriz Elisa Lucinda, o filme acerta na dose de humor e drama, e faz um comentário acerca do que é ser pai.
Desta maneira, Tom não nasceu sabendo como é ser pai, tampouco Elisa como ser mãe. Mas quais diferenças existem entre os dois, e o por quê elas são tão sutis na maneira de pensar e agir? No processo de descoberta, Tom não aprende a ser uma figura paterna, mas se torna.
Papai é Pop estreia nos cinemas dia 11 de agosto. Confira o trailer aqui.
Crítica
Título: Papai é Pop
Diretor: Caíto Ortiz
Roteiro: Marcos Piangers, Ricardo Hofstetter
Elenco: Lázaro Ramos, Paola Oliveira, Elisa Lucinda
Nota: 4/5
