Crítica | 1ª temporada de Halo tem começo bom, mas se perde ao longo dos episódios

Crítica | 1ª temporada de Halo tem começo bom, mas se perde ao longo dos episódios

Chegou recentemente ao catálogo do Paramount+ a 1ª temporada da adaptação Halo. A série oferece um ótimo começo para agradar tanto os fãs dos jogos, quanto os novatos no universo, mas a produção se perde bastante ao longo dos episódios.

Em Halo o protagonista dos games Master Chief (Pablo Schreiber) vai a uma missão no planeta deserto de Madrigal. Lá Chief acaba descobrindo um artefato escondido em uma caverna, que até o momento estava sendo escavada pela raça alienígena inimiga Convenant. Entretanto, ao tocar no objeto o soldado descobre uma estranha ligação com o artefato.

Bons personagens

Logo no início a série apresenta cada personagem tanto para os fãs, quanto para os leigos da franquia. Diferente dos jogos é inserido o povo rebelde do planeta Madrigal, dentre este povo se destaca a protagonista Kwan Ha (Yerin Ha) que luta pela liberdade do seu grupo.

Já os Spartans, os grandes guerreiros dos games, aparecem de uma maneira esplêndida, com a caracterização e agilidade nos momentos de ação, característicos dos personagens. Além disso, as cenas de combate são bem feitas, com direito até mesmo a visão em primeira pessoa pelo espectador, referência total aos jogos.

A doutora Halsey (Natascha McElhone) líder da criação dos Spartans e Cortana (Jen Taylor) inteligência artificial de Chief, são as únicas nas quais seus arcos são bem desenvolvidos. Até melhor do que outros personagens.

Personagens esquecidos

Por Kwan Ha ser o centro do primeiro episódio, era de se esperar que o desenvolvimento do seu arco fosse melhor em Halo. Até por ela ter sido a primeira pessoa que o Master Chief decidiu salvar, contrariando a ordem da UNSC. No entanto, logo descartam a jovem de um lado para outro, entre Chief e o ex-Spartan Soren (Bokeem Woodbine) e depois ela é esquecida e só volta a ser lembrada no final, quando consegue libertar o povo de Madrigal.

Além disso, com exceção de Chief, os outros Spartans quase não aparecem, nem mesmo a Kai (Kate Kennedy), que após retirar o aparelho que controlava as suas emoções, não conseguiu ter todas as respostas sobre o seu passado.

Pela série tratar justamente da guerra entre humanos e Convenant, faria sentido que a presença da raça alienígena fosse maior. Mas não foi o que aconteceu, o conflito entre ambos acabou sendo pouco explorado, se ocorreu uma ou duas lutas entre os Spartans e os Convenant foi muito.

Trama não sai do lugar

Por ser a 1ª temporada é aceitável que Halo precise focar no Master Chief. Todavia, a maior parte do arco do personagem é arrastada e não sai do lugar, o protagonista parece que não evolui em nada. Mesmo depois de descobrir que a doutora Halsey o enganou durante toda a sua vida, logo depois ele se deixa enganar também pela Makee (Charlie Murphy). Que acaba mais tarde se tornando o seu interesse amoroso, isso não teria nenhum problema, se a relação dos dois tivesse sido mais aprofundada.

Cenas de ação bem feitas

Um dos pontos fortes de Halo é a filmagem, coreografia e direção das cenas de ação. As quais não deixam nada a desejar, sem permitir que o público fique confuso com muitos cortes e trocas de câmera. Além do que, os efeitos especiais e CGI são de ótima qualidade, principalmente para a imagem dos Convenant.

Mesmo que Halo em sua 1ª temporada tenha tido um bom começo e se perdido ao longo dos episódios, esse não precisa ser o seu fim, pois quem sabe na 2ª temporada a série não se saia melhor.

Veja também:

Crítica

Título: Halo

Elenco: Pablo Schreiber, Charlie Murphy, Kate Kennedy, Natascha McElhone, Jen Taylor, Yerin Ha, Natasha Culzac, Bokeem Woodbine, Olive Gray, Danny Sapani e Shabana Azmi.

Nota: 3,5/5.

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Micaele Lima
Formada em Jornalismo, integrante da equipe de redação do QN e apreciadora da cultura geek nas horas vagas.