Nesta quarta-feira, 22, chega ao fim mais uma série do Universo Cinematográfico da Marvel. Kevin Feige finaliza esse ano para os marvetes com Gavião Arqueiro. Apesar do baixo nível da produção, principalmente comparada as outras séries do MCU, a trama é muito bem construída e necessária para o desenvolvimento deste universo.
A série do membro mais discreto dos Vingadores, não deixa pontas soltas em seus seis episódios. Do início ao fim é possível contar com um excelente roteiro que conecta e constrói uma boa narrativa para o expectador, junto com clima natalino, delicioso de se acompanhar. Tudo isso fica ainda mais interessante com a caracterização, muito bem feita, de todas as personagens. É cheia de referências as HQ’s, valorizando também a personalidade de cada um. Até porque todos, até mesmo sub-vilões conseguem ter mais destaque que o herói.
Clint fica de segundo plano
Apesar do aviso antecipado, de que a trama envolveria um Clint Barton (Jeremy Renner) mentor de Kate Bishop (Hailee Steinfeld), ainda assim era esperado mais destaque no heroísmo do vingador. Novamente, Barton é escondido atrás de todos, até mesmo de sua família. Embora os diálogos com Bishop e a admiração da mesma, busquem destacar esse fato, são poucas as cenas onde é possível vê-lo como o herói Gavião Arqueiro.
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Um erro construído desde seu início no MCU, onde sempre é colocado como apoio para histórias alheias. Até mesmo em sua própria série, perde seu protagonismo. Não apenas para Bishop, mas para todos os antagonistas. Yelena Belova (Florence Pugh) e Maya/Echo (Alaqua Cox), roubam a cena a partir do momento que são introduzidas.
Maya, chega discreta e misteriosa, mas capaz de cativar. É confuso se ela é uma heroína ou vilã, mas fica claro a capacidade e relevância da mesma. Já Yelena faz sua estreia no MCU sem o apoio de sua irmã e finalmente envolvida nas histórias. Tudo foi bem feito e deixa portas abertas para um retorno da nova Víuva Negra. Que aliás, divide ótimos diálogos e cenas de luta com Kate Bishop, onde é introduzida uma nova amizade.
A construção do herói
Embora Barton perca sempre seu protagonismo e raramente tenha seus momentos de herói, uma das coisas mais interessantes da série é vê-lo como mentor. Apesar de uma motivação controversa, o Gavião ensina com disposição todos os seus passos para Bishop, e o que não consegue fazer consigo, faz com sua aluna, transforma-la em heroína. Kate tem o carisma e a disposição, mas não é uma personagem fácil de amar. Porém dispõe de uma real evolução do primeiro ao último episódio, onde inicia como uma menina realmente muito mimada e termina como uma heroína, merecedora de seu protagonismo e de tal título.
Contudo, Gavião Arqueiro está longe de estar entre as melhores produções do MCU nessa nova fase. Mas é divertida, intrigante e cheia de novos personagens, muito bem colocados. Fica a dúvida se algum dia finalmente Clint Barton vai assumir o manto de herói. Os seis episódios disponíveis no Disney+ estão claramente ali com o objetivo de aprensetar Maya, Yelena e Kate.
Crítica:
Nome: Gavião Arqueiro
Criadores: Jonathan Igla e Rhys Thomas
Elenco: Jeremy Renner, Hailee Steinfeld, Florence Pugh, Alaqua Cox, Vera Farmiga, Tony Dalton, Linda Cardellini e Vincent D’Onofrio.
Nota: 3/5
