Ontem (4) a quarta última temporada de On My Block chegou na plataforma da Netflix.
Após anos das aventuras e loucuras do grupo de amigos composto por Monse, Jamal, Cesar, Ruby e agora Jasmine, a quarta temporada era muito aguardada. Porém, um spin-off em Freeridge está batendo na porta, e talvez, seja uma ótima ideia.
Pois, apesar das duas primeiras temporadas serem completas, cheias de mistério, com cliffhangers criativos e uma ótima construção, a terceira temporada decepciona, e a quarta mais ainda.
O mistério do dinheiro do RollerWorld foi construído em uma temporada e finalizado em outra, assim como as outras duas tramas e suas respectivas temporadas. E era exatamente isso que esperávamos da temporada final da sitcom.
Mas, infelizmente, uma grande oportunidade de um último mistério enredado que fecharia a série com chave de ouro.
O enredo
O início dá a entender que esse é o caminho a ser seguido, mesmo dois anos depois e muita coisa diferente na vida dos amigos. Porém, enquanto o aparente clímax é deixado de lado, esperamos que um novo mais empolgante aparece.
Novamente, por motivos questionáveis e pouco claros, o caminho esperado não é seguido, e o caminho escolhido foi pobre.
As novas personalidades desenvolvidas para os personagens não são exploradas, e de repente, as antigas voltam. Como se o começo da temporada tivesse sido um delírio. Diferente de séries como The Good Place, um exemplo de finalização.
Além disso, toda pergunta que foi aberta ou colocada em pauta, não teve uma resposta, não satisfatória pelo menos. Os momentos mais emocionantes são os que nos conectam com a figura antiga do passado dos personagens, ou situações que aconteceram e até mesmo pequenas referências, como a última cena.
Tirando isso, o enredo decepciona.
Os personagens
A princípio, o choque é grande. Jamal não é mais o garoto ansioso e paranoico, Ruby não está no controle de nada, Cesar perdeu todo seu charme e identidade e Monse sequer aparece mais que 10 de minutos de cena.
Claramente, isso mostra como a versão deles mesmos quando estão separados não é boa, eles precisam ficar unidos. Além disso, ensina como amizades verdadeiras tem seus altos e baixos, mas permanecem.
Apesar dessa lição, essa nova personalidade deles é irritante, como Spencer, Aria, Hanna e Emily em Pretty Little Liars (2010-2017), na época que tentaram seguir suas próprias vidas.
Mas, diferente da série, On My Block apresenta um motivo até que convincente para juntar os amigos, porém, falha de novo. Isso dá a entender que tudo voltou de onde parou, e sabemos que a realidade não foi e não é essa.
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Pontos positivos
Não foi em tudo que a temporada errou. O humor continua o mesmo de antes, caótico e realista.
Cada surto, briga, situação inesperada ou pai maluco que aparece em cena é suficiente para trazer alívio cômico e deixar a série mais parecida com o que ela costumava ser.
Enquanto isso, temos a parte da trilha sonora que anda de mãos dadas com a comédia em prol da melhoria. Tivemos cenas no passado marcantes não somente pela atuação, mas também pela música que reforçava todo o tom da encenação.
Novamente, On My Block consegue passar essa mesma sensação, seja nos momentos sérios e emocionantes, ou nas ênfases de algum acontecimento importante. A música latina e o rap também continua representando a maior parte das músicas, ponto importante, pois se trata de um bairro latino e negro.
Conclusão
Em suma, On My Block decepciona ao entregar sua temporada final, mas finaliza em tom saudoso para os que amam a série.
Crítica
Título: On My Block
Criador: Lauren Iungerich, Jeremy Haft
Elenco: Sierra Capri, Diego Tinoco, Jason Genao, Brett Gray, Jessica Garcia
Nota: 2/5