Crítica | Lúcifer termina exatamente como deveria ser

Lúcifer

Na última sexta-feira, 10, a Netflix disponibilizou a última temporada da série diabólica mais amada de todos os tempos: Lúcifer. Com 10 episódios de aproximadamente 1 hora cada, a temporada veio para marcar o fim da série como produção da plataforma, após ter sido cancelada pela Fox ao final da 3º temporada.

Depois de assumir o controle da série a partir da 4º temporada, a Netflix vem alimentando a ansiedade dos fãs para um final digno que o elenco merecia. Diferente do último episódio da 3º temporada que parece ter sido feito apenas para tampar buraco, essa nova – e última – temporada serviu de aprendizado para qualquer outra produção cancelada injustamente (não que a própria Netflix não tenha feito isso antes, The OA que o diga, não é mesmo?).

Vídeo: YouTube

Mas, se você, assim como eu, está com o pé atrás em assistir a última temporada – por conta do fiasco que a 4º e 5º foram -, posso garantir que no final vale a pena. Diferente do que estamos acostumados a ver, nestes novos episódios, o espectador começa a perceber uma mudança, um amadurecimento do Diabo e entende os motivos pelos quais ele vem agindo inconsequentemente. Claro que isso tem um pézinho da Dra. Linda, a terapeuta de Lúcifer que vem ajudando-o a se entender melhor desde a primeira temporada.

Porém, como nem tudo são flores, apesar de darmos algumas risadas com as traquinagens do protagonista, a série deixa a desejar em muitos detalhes. Para começar, ao terminar os 10 episódios, você se questiona se realmente havia necessidade de ter tido a 5º temporada. Mesmo com todo o desfecho do envolvimento de Deus (e tenho que dizer que não podia ter tido ator melhor para dar vida ao personagem), o roteiro não teve base o bastante para intrigar os espectadores.

Entretanto, a 6º temporada não fica muito longe da decepção que a 5º nos trouxe. Nesses novos episódios fica claro o desespero dos roteiristas para prender o espectador na tela. Infelizmente, isso só funciona nos episódios 9 e 10 – principalmente no 10 -, os quais são marcados pelo ar de despedida que ronda a série. Consequentemente, estes são os episódios mais longos da temporada.

Contudo, apesar dos pesares, a nova temporada teve alguns bons pontos para serem ditos, sendo o primeiro deles a trilha sonora, algo que a série já vinha marcando presença desde quando a Netflix assumiu a produção. Outro ponto importante é os plots twists que os roteiristas prepararam para o final da temporada, carregando o espectador em uma montanha russa de sentimentos e desejos.

De modo geral, a última temporada de Lúcifer vale a pena pelo desfecho que cada personagem possui. Para uns pode parecer banal, mas, para outros – inclusive para mim -, os roteiristas acertaram demais no final de cada um. Com novos personagens e novos problemas, Lúcifer termina exatamente como deveria terminar: com muita emoção.

Crítica

Título: Lúcifer
Criador: Tom Kapinos
Elenco: Tom Ellis, Lauren German, Lesley-Ann Brandt, Kevin Alejandro, D. B. Woodside, Rachael Harris, Aimee Garcia.
Nota: 3,5/5

Confira também:

Mas, e você? O que achou da última temporada de Lúcifer?
Deixe nos comentários e, no entanto, não esqueça de nos seguir em nossas redes sociais.

Raphaela Lima
Completamente apaixonada por música e pelo Spider-Man, usa seu conhecimento sobre a comunicação e a cultura pop e seu vício em filmes e memes para complementar a equipe das nerds da cadeira.