Crítica | Fugindo do Amor é divertido, leve e diverso, justo o que precisamos

Fugindo do Amor

Como toda boa comédia, independentemente de você ligar na Netflix ou estar passando na Sessão da Tarde, é questão de bater o olho que já está 100% imerso. Aliás, algo em comédias caricatas tem seu charme: As Branquelas (2004), Gente Grande (2010) entre muitas outras que o digam. E Fugindo do Amor consegue cair exatamente nessa categoria com seu próprio twist – muita música e protagonistas pretos.

Assim, o longa narra a histórica de Erica (Christina Milian), uma mulher que saiu de um noivado há pouco tempo e vê sua carreira musical cair por terra após um álbum que participara fora destruído antes mesmo de chegar ao público. Para sair da tristeza que estava, Erica decide aceitar um emprego de cantora em um resort. Mas o problema? Ela descobre que seu ex-noivo vai se casar nesse mesmo lugar. Cabe a Erica agora enfrentar seu relacionamento mal resolvido.

Seja pelo seu humor bem caricato ou simplesmente a simpatia dos personagens, Fugindo do Amor prende qualquer um que passar pela sala enquanto o longa estiver passando. Aliás, chega ao ponto de você se ver torcendo de dedos cruzados para que a personagem principal faça as escolhas certas.

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No entanto, o longa também tem seus momentos sérios, que utilizam da música para trabalhar os sentimentos de Erica. E não seria por menos, com a cantora Alicia Keys como produtora executiva. Com músicas muito conhecidas, como “No One“, da própria Keys, e “Like I’m Gonna Lose You“, da Meghan Trainor.

Aliás, se a música é uma das qualidades do longa, a escalação de elenco é outra. Com quase 100% dos atores principais e secundários pretos, é reconfortante ver o investimento em talentos pretos em filmes de estúdios como a Netflix. Além disso, por Fugindo do Amor ser um longa não necessariamente político nem militante, coloca em evidência esses talentos pela pura capacidade de trabalho, ocupando um espaço que muitos não hesitariam em escalar apenas atores brancos, já que a cor da pele não afeta em nada a narrativa.

No entanto, mesmo a narrativa sendo divertida e leve, é impossível não notar a falta de orçamento para certos fatores, muitas vezes utilizando do recurso de tela verde. Isso faz com que vários cenários se tornem artificiais e deslocados. E, muitas vezes, acabam roubando a cena e tirando a atenção da audiência. No mais, Fugindo de Amor é exatamente o que precisamos neste momento: boas risadas, clima leve e, com certeza, representatividade.

Fugindo do Amor já está disponível na Netflix. Confira o trailer aqui.

Crítica

Título: Fugindo do Amor
Direção: Steven Tsuchida
Roteiro: Tabi McCartney, Dana Schmalenberg, Tymberlee Hill, Jay Pharoah, Sinqua Walls, Christiani Pitts
Elenco: Christina Milian,
Nota: 3,5

Aliás, o que você achou do longa? Deixe nos comentários. No entanto, não esqueça de nos seguir nas redes sociais.

Gabrielle Yumi
Jornalista e sócia do Quarto Nerd, sou apaixonada por cultura pop e whovian all the way. Busco ativamente influenciar e ampliar a voz de mulheres no meio geek/nerd. Cabelo colorido e muito pop é quem eu sou dentro do meu quarto nerd.