Mulheres no Oscar 2019

No domingo retrasado (24), foi exibido a 91ª edição do Oscar, uma com a maior representatividade feminina, com 15 vencedoras, e 3 delas, negras, batendo o recorde da história da premiação. Mas que, infelizmente, nenhuma foi indicada para “Melhor Filme” e “Melhor Diretor(a)”.

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Primeiramente, Olivia Colman ganhou a estatueta de “Melhor Atriz” por sua brilhante atuação em A Favorita, onde interpretou a rainha Anne na Inglaterra do século 18, retardada e com um passado muito sofrido e complicado.

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Como era de esperar, Regina King foi premiada na categoria de “Melhor Atriz Coadjuvante” por seu trabalho em Se a Rua Beale Falasse, onde sua personagem, Sharon Rivers, passa a ajudar sua filha mais nova, quando seu namorado é preso erroneamente, e descobre uma gravidez não planejada.

Elizabeth Chai Vasarhelyi e Shannon Dill receberam a estatueta pelo “Documentário” Free Solo, que mostra a trajetória do escalador Alex Honnold até o El Capitán, sem equipamentos e cortas.

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A figurinista, Ruth E. Carter, já indicada pela academia por seus trabalho em Malcolm X (1992) e Amistad (1997), agora, ganhou a estatueta por Pantera Negra, sendo a primeira mulher negra a ganhar nesta categoria. Em seu discurso, agradece ao diretor Spike Lee, por tê-la levado do teatro ao cinema, e diz: “Criar figurinos tem sido a honra da minha vida. Obrigada à Academia por homenagear a realeza africada e o modo empoderado com o qual as mulheres podem aparecer e liderar na tela”.

Também pelo mesmo filme, ganha Hannah Beachler, a primeira negra a concorrer e ganhar na categoria de “Melhor Design de Produção”. Que trabalhou em outros filmes com o foco na cultura negra, como o ganhador de “Melhor Filme” em 2017, Moonlight, e outros como, A Vida de Miles Davis, Creed, e até mesmo nos videoclipes Lemonade e Sorry de Beyoncé.

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Em sua segunda indicação a categoria “Canção Original”, agora, Lady Gaga ganhou com “Shallow”, da trilha sonora de Nasce Uma Estrela, protagonizado por ela e Bradley Cooper, também indicado para “Melhor Filme”. Composta pela própria, Mark RonsonAnthony Rossomando e Andrew Wyatt.

“Eu não acredito que um filme sobre menstruação ganhou o Oscar”, foi como o discurso de uma das ganhadoras da categoria de “Curta de Documentário”, por Absorvendo o Tabu, já disponível na Netflix, começou. O curta mostra a criação de uma fábrica de absorventes em um vilarejo na Índia, onde não tinham acesso ao produto, motivo de muitas meninas terem abandonado a escola. E agora, elas precisam falar sobre o assunto, um grande tabú na sociedade.

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Após 30 anos de existência do estúdio de animação Pixar existir, uma mulher finalmente dirigiu um e ganhou a estatueta de “Curta de Animação”. Domee Shi foi premiada por Bao, que conta a história de uma mãe que tenta lidar com a ausência de seu filho. Em seu discurso, disse: “A todas as garotas nerds que se escondem atrás de seus cadernos de desenho: não tenham medo de contar suas histórias para o mundo. Vocês vão assustar pessoas, mas provavelmente também vão se conectar com elas, e essa é uma sensação incrível.

A estatueta de “Curta live-action” foi entregue a Skin, de Jaime Ray Newman. A história gira em torno de uma guerra entre duas gangues, provocada por um homem negro apenas sorrir para um garoto de 10 anos.

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Nina Hartstone foi premiada pela categoria de “Edição de Som”, por Bohemian Rhapsody, se tornando a quinta mulher na história do Oscar a ganhar a estatueta. As outras ganhadoras foram: Kay Rose, Cecelia Hall, Gloria Borders e Karen Baker Landers (duas vezes).

E por último, mas não menos importante, Kate Biscoe e Patricia DeHaney ganharam por “Maquiagem”, pelo filme Vice. Kate é conhecida por seus trabalhos em Objetos Cortantes, Liga da Justiça e Garota Exemplar. Já Patricia, por True Detective e Grace & Frankie.

É notável que, a academia está tendo um progresso de inclusão com as minorias, mas ainda não é o suficiente, como mulheres incríveis sendo excluídas de duas das mais importantes categorias. A quase 10 anos, a primeira mulher negra ganhava ao Oscar de direção, e a quase 20, a de melhor atriz, e neste ano, 3 negras ganharam. É um bom começo, que a cada ano vai progredir.

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