Todos sabem como a jornada de Natasha Romanoff começa e como termina. Um filme solo da Viúva Negra demorou, e muito, mas não estou falando do atraso nos cinemas devido a pandemia do covid-19. Uma trama da heroína é pedida desde sua estreia no MCU, mas por muito tempo, a Marvel parecia ignorar o pedido dos fãs. Porém, as mudanças vieram, e mesmo depois de matar a heroína o estúdio voltou atrás e deu um título solo para a espiã.
Mesmo após a sua morte, Viúva Negra é rico de eventos, ação e história, como qualquer outra produção da Marvel. Antes de qualquer grande batalha existe uma grande jornada, e é por este caminho que o filme passa. Depois dos acontecimentos de Capitão América: Guerra Civil, os Vingadores se separaram e cada um seguiu o seu próprio caminho. Mas, para o ‘time cap’, os heróis parte foram presos ou ficaram foragidos. E por mais que o filme não se inicie diretamente desse ponto, é a partir deste ponto que veremos Natasha em ação.
Ação
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Quando se trata de filme liderado por uma mulher, produzido, estrelado ou até mesmo escrito, muitas vozes começam a repetir o famoso: ‘é tão bom quanto…’. A comparação é algo constante nesses casos, e um tanto entediante, já que o mesmo não é feito com filmes dirigidos por homens. A trama brilha por seus próprios méritos, em especial para a coordenação em suas lutas, a direção de Cate Shortland é precisa e única.
Viúva Negra serve um prato cheio de ação, e isso já era o esperado para a espião, mas não é só Natasha que brilha nessa trama. Sua sucessora Yelena traz cenas de ação de tirar o fôlego e ainda arrancará algumas risadas do público. Florence Pugh é mais do que a próxima Viúva Negra, mesmo sem ser a protagonista na trama a atriz rouba a cena quando entra em ação. Pugh tem carisma, tem força e uma coragem que derrubará quem ficar na sua frente.
A história
Viúva Negra ainda sim, está atrasado. O filme teria o seu encaixe perfeito à 3 anos atrás, não que a agora ele não seja uma grande produção. Mas esperar uma personagem morrer para fazer um filme é um tanto desesperado, só não desnecessário. A Marvel consegue encaixar a história da Natasha como uma luva em seu universo e de quebra trazer uma nova leva de personagens. Mas, ainda é triste pensar que tal personagem tenha só ganhado esse destaque após seu final trágico.
Jac Schaffer é conhecida por todos os fãs da Marvel devido a primeira série da Marvel Studios, WandaVision. Mas já em Viúva Negra, Schaffer trabalha ao lado de Ned Benson, em uma trama sem grandes ressalvas. Viúva Negra com certeza se destaca por suas cenas de ação, por Natasha e Yelena, mas seu roteiro não traz muitas novidades. Mais uma vez, vemos a heroína tentando derrubar mais uma grande instituição. Entretanto, Natasha agora luta contra o seu próprio passado.
Viúva Negra começa e termina seu proposito, encerrando todas as pontas soltas que a personagem tinha até o momento. Além disso, o filme serve o proposito de expandir o universo da Marvel, trazer e introduzir esses novos personagens. O destaque do filme não fica com a protagonista, apesar dela brilhar como sempre foi, mas sim para o seu futuro Florence Pugh. Viúva Negra é sobre o passado e também sobre o futuro da Marvel Studios, é um show de ação no estilo que só o MCU sabe fazer.
Crítica: Viúva Negra (2021)
Diretora: Cate Shortland
Roteiro: Jac Schaeffer e Ned Benson
Elenco: Scarlett Johanson, Florence Pugh, Rachel Weisz e David Harbour.
Nota: 3,5/5
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