Correndo Atrás | Saiba mais sobre a dramédia brasileira

Correndo Atrás

No último sábado, 19, a Telecine lançou, como estreia da semana, uma comédia nacional intitulada como “Correndo Atrás” (2021). Inspirado no livro “Vai na bola, Glanderson” (2006) do roteirista e ator Helio de la Peña, o filme conta a história de Ventania (Aílton Graça), “um típico trabalhador brasileiro que vive se virando para conseguir pagar as contas. Mas, dessa vez, ele está empenhado em ser um empresário de futebol e descobrir novos talentos. Percorrendo o subúrbio carioca, ele conhece Glanderson (Juan Paiva), um garoto pobre e deficiente físico, que apesar das dificuldades, mostra ter habilidade com a bola. Com muito bom humor e esperança, a dupla enfrentará uma trajetória difícil para realizar seu sonho”.

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E, para ajudar na divulgação da estreia, ontem, 16, a Telecine convidou alguns jornalistas para uma coletiva de imprensa com parte do elenco e da produção. Nele, os atores Aílton Graça, Juliana Alves, Helio de la Peña e o diretor Jeferson De, conversaram um pouco com o público e contaram alguns detalhes sobre o trama.

Para começar, de la Peña contou que o filme foi gravado em 2016 e somente agora conseguiram lançá-lo nas telinhas, mesmo que não tenha ido para o cinema. Helio também falou sobre como o filme é um marco para as produções conduzidas, majoritariamente, por pessoas negras, no cinema mundial. O roteirista brincou, inclusive, sobre como “Correndo Atrás” foi rodado antes de “Pantera Negra” (Black Panther, 2018), e, portanto, seria a primeira produção com uma equipe negra.

“Ao invés de questionar, nós estamos dando uma resposta! O filme é um passo a frente sim. Não é um filme que tem como tema o engajamento. O engajamento está contido no ato: no ato de você montar uma equipe de profissionais negros; no ato de você montar um elenco negro”

O ator Aílton Graça, em contrapartida, falou sobre como a produção inaugurou o novo termo “dramédia”, uma mistura dos gêneros de comédia, drama e tragédia e como essas tragédias são encaradas e levadas pelos personagens. Graça chegou a comentar, também, que inclusive conversou com o diretor Jeferson De ao falarem dessa nova proposta de enredo e de como as histórias individuais de cada participante desse trabalho, reverberaram para que a dramédia chegasse a ser tão impactante na vida das pessoas.

“Todo trabalho tem, por si só, um espírito desafiador. O que era mais gostoso era que tinha várias pessoas dentro dessa produção, 90% desse trabalho eram negros. E negros que pensavam de uma maneira diferente, mas, com o objetivo comum: fazer arte com essa história”

Por fim, a atriz Juliana Alves afirmou que o filme é uma realização de um sonho, já que a produção é uma representação de uma bandeira de diversidade frente ao cinema nacional (quiçá, mundial). Alves também falou sobre como ela reconhece a sua personagem (Jurema) em sua vida pessoal, por ser uma personagem carregada de amor e de poder.

“É um filme que mostra, que expõe, de maneira linda, todo o talento do cinema nacional com pessoas que foram escolhidas muito bem. E mostra um poder que a gente tem e traz também um ‘por que isso não aconteceu antes?'”

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Raphaela Lima
Completamente apaixonada por música e pelo Spider-Man, usa seu conhecimento sobre a comunicação e a cultura pop e seu vício em filmes e memes para complementar a equipe das nerds da cadeira.