Hoje (12), a cantora norte-americana Taylor Swift, presenteou os fãs pela terceira vez no período da quarentena. Na última quinta-feira, anunciou que estaria lançando uma nova versão de um de seus maiores sucessos, Love Story.
Originalmente, a música teve seu lançamento em novembro de 2008, junto com Fearless, o segundo álbum de estúdio de Swift. Mas desde 2019, perdeu o direito de seus antigos discos, quando o empresário Scooter Braun vendeu sem sua autorização para Shamrock.
Os álbuns vendidos foram Taylor Swift (2006), Fearless (2008), Speak Now (2010), Red (2012), 1989 (2014) e Reputation (2017). Os três últimos foram lançados pela nova gravadora, Universal Music.
Carta aberta para Scooter Braun
Em 30 de junho de 2019, ela escreveu uma carta aberta em sua conta do Tumblr sobre a situação que estava passando.
“Por anos eu me perguntei, implorei por uma chance de ser dona de meu trabalho. Em vez disso, tive a oportunidade de assinar novamente com a Big Machine Records e ‘ganhar’ um álbum de volta por vez, um para cada novo que eu entregasse. Saí porque sabia que assim que assinasse o contrato, Scott Borchetta – antigo dono – venderia a gravadora, vendendo a mim mesma e meu futuro. Eu tive que fazer a escolha dolorosa de deixar para trás meu passado. Músicas que escrevi no chão do meu quarto e vídeos que sonhei e paguei com o dinheiro ganhado tocando em bares, clubes, arenas e estádios”, começou Swift.
Borchetta era o antigo dono da Big Machine, e a venda foi de U$ 300 milhões para Braun, que também é empresário de Justin Bieber, Ariana Grande, Demi Lovato, Carly Rae Jepsen, Hilary Duff, e entre outros grandes famosos.
“Alguns fatos engraçados sobre as notícias de hoje: eu descobri sobre a venda de Scooter Braun quando foi anunciada para o mundo. Tudo que conseguia pensar era no bullying manipulador que recebi dele por anos”, continuou em sua carta.
Swift também comenta na carta sobre o episódio onde Kim Kardashian vazou ilegalmente um telefonema que tratava a respeito dela, e logo mais, Braun usou dois de seus clientes para intimidar a cantora nas redes sociais. Esses seriam Bieber e Kanye West, por meio de uma postagem no Instagram debochando de Taylor.
A regravação dos álbuns antigos
Em novembro de 2020, a cantora finalmente conseguiu os direitos de seus álbuns, e no mesmo mês, começou a gravar seus trabalhos antigos. Ela explicou em seu Twitter como foi o processo de ganhar novamente as músicas.
Explicou que Scooter teve uma grande desconfiança quando a equipe dela entrou em contato com ele e seus advogados: “A equipe de Scooter queria que eu assinasse uma cláusula de confidencialidade rigorosa afirmando que nunca mais diria uma palavra negativa sobre ele, antes mesmo de podermos olhar os registros financeiros da Big Machine. Então, eu teria que assinar um documento que me silenciaria para sempre antes que pudesse ter a chance de licitar meu próprio trabalho”, explicou Swift. Ela também descobriu que o empresário ainda estaria lucrando com todos seus trabalhos por todos esses anos.
Mas a forma que Taylor está regravando seus álbuns é um pouco intrigante. Os artistas quando resolvem lançar novamente algum trabalho antigo, opta por fazer uma colaboração com outros, ou até mesmo, um remix. Mas aqui, sua grande estratégia é literalmente o contrário. As versões de Taylor vão ser exatamente iguais às originais, a única coisa de diferencial será a voz mais madura da cantora.
Quando é o lançamento de Fearless Taylor’s Version?
A data de lançamento de Fearless foi confirmada ontem, junto com o anúncio de Love Story, para 9 de abril
Fearless Taylor’s Version vai contar com 26 faixas, sendo 6 delas novas. Confira abaixo:
A nova versão de Love Story é sobre o amor de Taylor pelos fãs
E hoje, finalmente, ela lançou sua versão de Love Story com um lyric video muito emocionante! Este está recheado de fotos da Taylor com seus fãs, na ‘era’ de Fearless. Confira:
Por fim, as regravações possuem elegibilidade para concorrer ao Grammy 2022?
Sim, segundo a Billboard. “As diretrizes de elegibilidade atuais permitiriam que as novas performances e álbuns fossem elegíveis se tivesse sido gravados nos últimos cinco anos. No entanto, nenhuma das canções mais antigas seria elegível para prêmios de composição”.
Taylor não foi a artista pioneira a regravar os antigos trabalhos. Pois isso também aconteceu com Frank Sinatra e Nat King Cole, que até mesmo, foram vencedores da estatueta com as segundas versões dos discos.
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