Crítica | Euphoria, E02 traz consequências, reflexões e é mais criativo

Crítica euphoria

Esse final de semana a HBO exibiu na tv aberta e disponibilizado no streaming da HBO, o segundo episódio especial de Euphoria. Dessa vez, a história gira para Jules, e seu ponto de vista da história. Diferente do primeiro episódio que trouxe apenas uma conversa, esse novo especial traz mais flashbacks, críticas e reflexões sobre a vida de Jules.

Assim como no especial de Rue, vemos Jules em uma conversa intensa sobre seus sentimentos. Mas, diferente do outro episódio, Jules fala diretamente com uma psicóloga. A personagem fala sobre seu ponto de vista da história, mostrando suas dores e expectativas.

O enredo

Enquanto para Rue a conversa sobre sobriedade e viver, para a Jules, tudo se baseia em quem ela é e quem ela perdeu. A jovem começa a conversa fechada, sem segurança para falar de seus medos que a levaram a sua partida. Mas aos poucos ela vai se abrindo. A jovem começa a falar sobre quem ela é, uma mulher trans, e como a sociedade reage a essa informação, em especial as mulheres.

E aqui abrimos para a primeira crítica a sociedade do público. Euphoria, aborda essas críticas de forma clara e nítida para que seja compreensível a todos. Dessa vez, a série foca no preconceito preso em nossa sociedade. Jules explica como outras mulheres se portam a sua presença, como mesmo sem intenção, elas a observam, a comparando consigo mesmas. Querendo assim ‘saber’ o quão mulher ela aparenta ser, se ela se encaixa no padrão que a sociedade coloca as mulheres.

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É claro que a presença de Hunter Schafer na produção do roteiro, ajuda a afinar esses detalhes que o tornam mais reais. É claro que a atriz, como uma mulher trans, coloca esses pontos no episódios para reflexão do público sobre esse preconceito enraizado em nossa sociedade.

As consequências
Crítica | Euphoria, segundo episódio especial traz consequências, reflexões e é mais criativo
Crítica | Euphoria: F*ck Everyone Who’s Not a Sea Blob

No final do último episódio da primeira temporada, Jules parte sem Rue. Mas ambos os episódios começam seis meses após esse final. Em sua sessão, ela fala que esse ato pode ter levado a perder Rue, já que a mesma não responde suas chamadas mensagens. Mas além disso, a relação com seu pai também foi abalada, já que a jovem fugiu. E assim acabou frequentando a terapia a pedido do mesmo.

Como também vemos no episódio anterior, Rue admite que apoia muito de sua sobriedade em Jules. A personagem assumi que Rue tem essa dependência dela e que a deixa brava, é muito peso para os ombros de uma jovem. E de certa forma, tal atitude a lembra de sua mãe – que também tinha problemas com dependência. Sendo assim, a relação de ambas acabam completamente abalada.

Finalização

F*ck Everyone Who’s Not a Sea Blob – título do episódios – traz muitos mais detalhes, que envolvem a antagonista de forma direta ou indireta do que o primeiro especial. Além do mais, a direção podem ‘brincar’ mais, já que o anterior só apresentou as conversas e as dúvidas, esse segundo e último especial fecha todas pontas que haviam sido abertas.

A direção criativa é de tirar o fôlego, o episódio sabe brincar com as fantasias e medos de Jules. Mesmo quando tudo está se baseando em apenas um sonho. Da mesma forma que a série se requebrava entre as alucinações de Rue na primeira temporada, agora Sam Levinson da vida a visão de Jules. Definitivamente esse é um episodio muito mais ‘Euphoria’ foi que esperado.

Crítica | Euphoria: F*ck Everyone Who’s Not a Sea Blob

Diretor: Sam Lenvinson
Escrito por: Sam Levinson e Hunter Schafer
Elenco: Hunter Schafer, Zendaya e outros.

Nota: 4,5/5

Mas e você, já viu o episódio especial da personagem? Conta pra gente nos comentários sua opinião e expectativas para a segunda temporada.

Marta Fresneda
Líder do site de entretenimento O Quarto Nerd. Apaixonada por cultura pop, com objetivo de influenciar e incentivar mulheres na área de comunicação voltado ao mundo nerd.