Em 24 de julho deste ano, a cantora e compositora Taylor Swift nos surpreendeu com o seu oitavo álbum de estúdio, Folklore, que trouxe uma vibe completamente diferente do que já tínhamos visto a cantora produzir. Músicas que contavam histórias, – tanto fictícias quanto reais – cheias de enigmas para descobrirmos, e melodias que se qualificam no gênero musical “indie folk”.
Mas o que ninguém esperava é que em menos de seis meses, Swift lançaria uma segunda parte do disco anterior, apenas dois dias antes de seu aniversário de 31 anos. Evermore é o seu nome. O álbum possui 15 faixas, e mais duas bônus, que ainda não foram lançadas.
Evermore já começa com o primeiro single, chamado Willow, que significa “salgueiro” em português. Este traz referências das canções Seven, Mirrorball, Exile e Mad Woman, todas de seu álbum anterior. A música é sobre desejo e a dificuldade de querer estar com alguém. O clique mostra um lado mais mágico, num mundo que parece existir algum tipo de mágica, um mundo de fadas.
O grupo esplêndido de compositores
Aqui, também é visto entre os nomes dos compositores, William Bowery, pseudônimo de John Alwyn, namorado da cantora. Durante o Sessões no Long Pond Studio, documentário sobre o processo de criação de Folklore, Swift revela que Bowery seria Alwyn. Junto com a namorada, compôs Champagne Problems, Coney Island e Evermore, se garantindo uma grande aquisição para as músicas de Swift.
Aaron Dessner, de The National, continua sendo o grande parceiro de composição de Taylor, desde Folklore. Já Jack Antonoff, que trabalha com ela desde a música Out of the Woods e I Wish You Would, do álbum 1989, quinto álbum de estúdio, lançado em 2014. E após o sucesso da canção Exile, Justin Vernon, vocalista do Bon Iver, volta para outra tão icônica quanto, se consagrando com o título do disco, Evermore.
As raízes de Taylor de volta ao country
Com muita felicidade, Swift voltou às suas raízes e muitas músicas com um estilo country chegaram com o álbum. No Body, No Crime, sexta faixa, com participação do grupo Haim, composta apenas por Taylor, tem semelhanças a batida de Should’ve Said No, do disco homônimo de estréia da cantora, de 2006.
Outra que segue o mesmo estilo é a faixa 11, intitulada Cowboy Like Me. Um fato curioso, é que o diretor de fotografia do videoclipe da música Willow, é Rodrigo Prieto, o qual trabalhou no filme O Segredo de Brokeback Mountain (2005, Ang Lee). E os fãs, estão teorizando que a música é sobre o longa-metragem protagonizado por Jake Gyllenhaal, alguém que já foi uma das grandes inspirações de Taylor para grandes músicas de seus álbuns anteriores. A verdade é que, se Cowboy Like Me for analisada por partes, possui alguns detalhes semelhantes à história de Ennis e Jack.
Mais uma vez a cantora mira nos personagens – nem tanto – fictícios
Swift também confirmou que a faixa 8, chamada Dorothea, tem conexão com o triângulo Cardigan, August e Betty, de Folklore. Aqui, criou uma série de personagens adolescentes, e a mais nova, intitulada com o nome da canção, seria uma antiga colega de classe de James, Betty e Inez. Entretanto, afirma que a ligação entre as músicas não é direta.
Dorothea é uma mulher adulta que foi para Los Angeles seguir seu sonhos, porém na pequena cidade que morava, deixou alguns assuntos pendentes. Acima de tudo, a personagem narradora da canção continua amiga da estrela, e deseja tudo de melhor para sua vida. Os fãs também pegaram pesado em teorias com esta canção, dizendo que a protagonista seria ninguém menos que Selena Gomez, uma de suas melhores amigas. Por fim, nada chegou perto de ser confirmado por ninguém.
Agora, uma canção que faz um paralelo com outra de seu disco anterior é Marjorie, sendo um tributo à sua avó. Esta e Epiphany (Folklore), são ambas as faixas 13 (número da sorte de Swift) e contam a história de vida de seus avós. Marjorie, ensinou-a ser gentil, e o avô, levou traumas para a vida por suas batalhas lutando na guerra. As duas se completam de uma forma ou outra, e mostra como estes dois foram pessoas tiveram papéis completamente essenciais na vida da cantora.
Em conclusão…
Bem como sempre, Swift foi inteligente ao ponto de esconder vários easter eggs de antigos álbuns, instigando os fãs a acharem cada pista escondida. De uma referência de uma breve cena de Willow, até histórias cruzadas com Dorothea, honrou a sua mais nova identidade musical. Assim como me deparei em um comentário de um fiel swiftie, Taylor virou um gênero musical, e só estamos acompanhando a sua mente brilhante funcionar.
Por fim, Evermore é nada menos que o Lado B da fita de Folklore. Entretanto, no novo disco ela aposta mais em uma energia de música mais alegre e colorida, se comparado com o anterior.
Evermore
Artista: Taylor Swift
Ano de lançamento: 2020
Gravadora: Republic Records
Nota: 5/5
Confira abaixo o clipe da faixa um de Evermore, Willow:
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