O Cruzado Encapuzado foi retratado por mais atores do que qualquer outro super-herói na história do cinema – oito para ser exato. A maioria durou apenas um filme. Mas depois que Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, Christian Bale se tornou o primeiro homem a interpretar Bruce Wayne e seu alter-ego mais de duas vezes na telona. Ele não tinha muita competição – Michael Keaton foi o único outro ator a reprisar o papel duas vezes.
Ben Affleck empata com Bale em números de aparições como Batman, com Batman v Superman: A Origem da Justiça, o Esquadrão Suicida, e Liga da Justiça. Essa corrida se estenderá, já que Affleck mesmo deixando o papel irá aparecer no Snyder Cut de Liga da Justiça em 2021 e no filme solo do Flash em 2022. Já Robert Pattinson, será o novo Bruce Wayne dos cinemas em 2021.
Mas antes que mais história seja feita com a próxima abordagem de Matt Reeves sobre o Cavaleiro das Trevas, em The Batman, vamos dar uma olhada nos homens que foram o Batman. Por favor, note que, no momento, esta lista não inclui a visão de Iain Glen de Game of Thrones sobre Bruce Wayne da segunda temporada dos Titãs. Por quê? Só porque, no momento em que este artigo foi escrito, ele teve apenas alguns minutos relativamente de tempo de tela, então ainda não podemos oferecer uma avaliação completa de opinião sobre o personagem.
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Lewis G. Wilson
Wilson foi o primeiro e mais jovem ator a interpretar o Batman adulto, e também o menos bem-sucedido. Aos 23 anos, o ator desconhecido vestiu a capa e o capuz na série Batman de 1943 da Columbia, em 15 episódios. Enquanto ele parecia o papel de um playboy arrojado, seu físico era mais Danny DeVito como o Pinguim. Um crítico descreveu Wilson como “estúpido”. Talvez fosse por isso que ele usava o cinto de utilidades logo abaixo do peito. Os críticos também reclamaram que sua voz estava muito alta e que ele tinha um sotaque de Boston. Essa, é claro, não seria a última vez que alguém reclamaria da voz do Batman.
Depois de Batman, a carreira de Wilson não foi a lugar nenhum. A maioria de seus papéis não foram creditados. Seu próximo grande papel em filme foi provavelmente no clássico cult de 1951 Bowanga Bowanga. Alguns anos depois, ele estava totalmente fora do showbiz. Seu filho, Michael G. Wilson, no entanto, se saiu melhor em Hollywood, tornando-se o produtor executivo da série de filmes de James Bond. Lewis G. Wilson morreu em 2000.
Robert Lowery
Lowery assumiu o papel na série seguinte, Batman & Robin de 1949. Ao contrário de Lewis, Lowery, na época com 36 anos, era um ator veterano, já tendo aparecido em A Marca do Zorro (1940), O Fantasma da Múmia (1944) e Dangerous Passage (1944). Ele também preencheu o Batsuit melhor do que Lewis, com seu cinto de utilidades pendurado onde você esperaria em um não octogenário.
Embora Lowery nunca tenha interpretado Batman em um filme, ele conseguiu usar a capa mais uma vez e fazer história de super-herói no processo. Em 1956, ele estrelou um episódio de As Aventuras do Super-Homem, marcando a primeira vez que um ator do Batman compartilhou tempo na tela com um ator do Superman.
Depois de Batman, Lowrey passou mais 20 anos no cinema e na TV. Ele morreu em 1971.
Adam West
O homem que registrou mais horas na Batcaverna, é claro, foi William West Anderson, a quem você provavelmente conhece melhor como Adam West. Ou você o ama por seu charme bobo ou o odeia por manchar a imagem do Morcego por várias décadas. Seu retrato exagerado do Guardião de Gotham se infiltrou em quase todas as mídias, incluindo um filme de 1966 e várias séries de animação.
Diz a lenda que o produtor William Dozier escalou West após vê-lo interpretar um espião parecido com James Bond chamado Capitão Q em um anúncio de TV da Nestlé Quik. Ele venceu a futura co-estrela de Mulher Maravilha, Lyle Wagoner, pelo papel. Dozier, que supostamente odiava histórias em quadrinhos, decidiu que a única maneira de o show ter sucesso se fosse mais cômico. Então o culpe.
As coisas quase fecharam o círculo em 1970, quando West foi oferecido o papel de James Bond em 007 – Diamantes São Eternos. West declinou, escrevendo mais tarde em sua autobiografia que acreditava que Bond deveria sempre ser interpretado por um britânico. Caramba, movimentos ruins de carreira, Batman!
Depois que a série Batman saiu do ar em 1968, West foi resignado para estourar o inferno. A certa altura, ele foi forçado a fazer aparições públicas como o Cruzado Encapuzado para ganhar a vida. Então, em 1977, ele voltou ao tubo como Batman, fazendo sua voz em The New Adventures Of Batman, e depois em programas como Super Amigos, desenho animado da Warner em parceria com os estúdios Hanna Barbera.
O ressurgimento de West como ícone da cultura pop começou no início dos anos 90, quando ele estrelou como um ex–herói de ação na TV no episódio piloto de Lookwell, produzido por Conan O’Brien e Robert Smigel. Não foi escolhido, mas se tornou um culto de seguidores online (confira aqui). Ele fez aparições regulares em Uma Família da Pesada como “Prefeito West” antes de retornar a voz de Batman em dois excelentes filmes de animação que expandiram a continuidade do show, Batman: O Retorno da Dupla Dinâmica e Batman vs. Duas Faces (ao lado de William Shatner como o vilão convidado especial). West morreu em 2017, mas seu legado como o Morcego de Gotham é imortal.
Michael Keaton
Demorou mais de 20 anos para Adam West perder sua exclusividade como Batman.
Quando o diretor Tim Burton (que como Dozier não era fã de quadrinhos) e Michael Keaton foram anunciados para o Batman de 1989, os fãs enlouqueceram, pensando que seu amado super-herói iria receber o tratamento de Adam West novamente. A escolha de Keaton causou tamanha controvérsia que 50.000 cartas de protesto foram enviadas à Warner Bros. Em um esforço para apaziguar os pessimistas, o co-criador do Batman Bob Kane foi contratado como consultor criativo do filme.
Outras estrelas de Hollywood consideradas para o papel de Batman incluem Mel Gibson, Kevin Costner, Charlie Sheen, Pierce Brosnan, Tom Selleck e Bill Murray. Mas o produtor Jon Peters disse que escalou Keaton porque “A imagem do Batman é um grande modelo masculino, mas eu queria um cara que fosse uma pessoa real que colocasse uma armadura estranha. Um cara engraçado e assustador. Keaton é ambos. Ele tem aquele lado explosivo e insano. ”
O estúdio e os fãs não tinham nada com que se preocupar. O desempenho de Keaton recebeu críticas favoráveis e Batman foi bem nas bilheterias. A revista Variety comentou: “Michael Keaton captura a intensidade assombrada do personagem e parece particularmente solitário e obsessivo sem Robin por perto para compartilhar suas façanhas.” Keaton foi recompensado por ser o primeiro ator a reprisar o papel na tela grande. E em Batman O Retorno de 1992, Keaton novamente recebeu críticas positivas.
Claro, Keaton agora viu um renascimento de carreira graças ao espetacular Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), e seu tempo como o vilão Abutre em Homem-Aranha: De Volta ao Lar. Keaton vai voltar a usar o capuz e a capa novamente depois de 30 anos em 2022 no filme futuro do Flash.
Val Kilmer
Quando a franquia Batman foi entregue ao diretor Joel Schumacher, Keaton decidiu não retornar. Daniel Day-Lewis, Ralph Fiennes, William Baldwin e Johnny Depp foram considerados substitutos. Mas o trabalho foi ganho por Val Kilmer – provavelmente o mais esquecível dos Batman’s modernos.
Schumacher ficou interessado em Kilmer para Batman Eternamante de 1995 depois de vê-lo em Tombstone – A Justiça Está Chegando (no qual ele interpretou Doc Holiday, que Adam West também interpretou em um filme antes de fazer a série de TV Batman & Robin). Kilmer supostamente aceitou o papel sem nem mesmo ler o roteiro ou saber quem era o novo diretor. Schumacher descobriu rapidamente quem era Kilmer, e os dois se enfrentaram no set. Schumacher mais tarde descreveu Kilmer como “infantil e impossível”, alegando que ele lutou com vários integrantes da equipe e se recusou a falar com ele por duas semanas depois que o diretor pediu a sua estrela para parar de se comportar de forma rude.
O desempenho de Kilmer recebeu críticas mistas. Como disse o The New York Times: “O traje principal agora é usado por Val Kilmer, que é um bom Batman, mas não melhor do que Michael Keaton”. Bob Kane pensava o contrário, dizendo que achava que Kilmer fez o melhor trabalho de todos os atores para interpretar o Batman até aquele ponto.
O filme teve um desempenho melhor do que Batman O Retorno na bilheteria, mas Kilmer estava destinado a ser o Cruzado Encapuzado por um mandato. Entre sua atitude ruim e sua preocupação de que o super-herói não estava ganhando tanto tempo na tela quanto os vilões, ele deixou a Batcaverna para sempre. Em vez de filmar Batman & Robinde 1997, ele fez O Santo.
Depois de Batman, a carreira de Kilmer entrou em declínio. Embora provavelmente fosse A Ilha do Dr. Moreaude 1996 que teve mais a ver com isso do que Batman Eternamente.
George Clooney
A carreira de George Clooney no cinema estava apenas decolando quando ele foi escalado para o filme Batman & Robin de 1997, com sua atuação revolucionária um ano antes em Um Drink no Inferno com Quentin Tarantino. Os produtores provavelmente sentiram que conseguiram um grande golpe para aterrissar a futura estrela do mega-filme. Esses produtores, junto com Clooney, podem se arrepender dessa decisão agora.
Batman & Robin foi um desastre, repleto de homoerotismo, piadas sem graça e aqueles infames mamilos de morcego. Clooney uma vez brincou que ajudou a matar a franquia. “Joel Schumacher me disse que nunca fizemos outro filme do Batman porque Batman era gay.” O ator também chamou o filme de “desperdício de dinheiro”.
Críticos e fãs concordaram. Em 1997, Mick LaSalle do San Francisco Chronicle escreveu: “George Clooney é o grande zero do filme e deve entrar para a história como o George Lazenby da série”. Batman & Robin recebeu 11 indicações no Framboesa de Ouro e frequentemente está entre os piores filmes de todos os tempos. Foi também o pior em bilheteria dos filmes do Batman. No entanto, apesar de suas muitas, muitas, muitas falhas, isso não abalou a carreira de Clooney que acabou estrelando muitos outros filmes de sucesso como a franquia Onze Homens.
Christian Bale
Entre Adam West e George Clooney, Batman parecia destinado a permanecer uma piada, pelo menos quando se tratava de adaptações live-action. Então veio Christopher Nolan. O diretor Amnésia e Insônia recebeu as rédeas e ele planejou reinventar a franquia, finalmente tornando o Cavaleiro das trevas sombrio.
Entre os primeiros candidatos para os papéis de Batman/Bruce Wayne estavam Billy Crudup, Jake Gyllenhaal, Joshua Jackson, Heath Ledger e Cillian Murphy. Mas Nolan acabou escolhendo Christian Bale, explicando que “ele tem exatamente o equilíbrio entre escuridão e luz que estávamos procurando”. Parte superior do formulário
Bale recebeu críticas favoráveis para Batman Begins, de 2005, com vários críticos dizendo que isso os lembrava de sua brilhante virada em Psicopata Americano. Não tão brilhante, ao que parece, era sua rouca voz de morcego. Um crítico comparou as declarações guturais de Bale a uma “criança de 10 anos que usa uma voz de ‘adulto’ para fazer trotes pelo telefone”. Ficou ainda mais grave em Batman: O Cavaleiro das Trevas, de 2008.
Até Kevin Conroy, o homem por trás da voz provavelmente mais reconhecível do Batman, se intrometeu, dizendo em um painel na C2E2 em 2010 que a voz de Bale era “ridícula” e implorou ao ator para parar de fazê-lo. Já Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge não foi tão bem recebido quanto o excelente antecessor, especialmente na comunidade de fãs.
Bale foi crucial para a alquimia no segundo filme do Batman de Nolan, O Cavaleiro das Trevas. Esse filme é geralmente considerado a referência no gênero de super-heróis que todos os outros filmes sobre benfeitores com capa são comparados mais de uma década depois. É também o primeiro filme de super-heróis a ganhar um Oscar de ator coadjuvante, pelo icônico Coringa de Heath Ledger, e é considerado responsável pelo fato de a Academia agora nomear 10 filmes em vez de cinco para Melhor Filme. Isso ocorreu depois que O Cavaleiro das Trevas foi notoriamente desprezado em 2009.
Ben Affleck
Costuma-se dizer que a história se repete, e assim aconteceu quando Ben Affleck foi escalado para o papel de Batman para o polêmico Batman v Superman de Zack Snyder. Affleck tinha acabado de ver seu terceiro trabalho como diretor, Argo, ganhar o prêmio de melhor filme no Oscar, consolidando uma das mais grandiosas reviravoltas de carreira da história de Hollywood. Ele também estava filmando Garota Exemplar com o lendário David Fincher no comando. No entanto, os fãs ficaram apopléticos com o fato de a estrela de flops notórios ser agora o “Bat-Fleck”. O fato de ele ter aparecido no Medíocre Demolidor filme de 2003 provavelmente não o ajudou em nada.
No entanto, ironicamente, Affleck agora é geralmente considerado a melhor parte de Batman v Superman. Como Michael Keaton antes dele, Affleck gozou da adulação dos fãs apenas alguns anos após uma reação intensa. Claro, a representação real de seu Cavaleiro das Trevas nas mãos do diretor Snyder é muito menos amada universalmente. Para constar, Affleck ofereceu um desempenho sólido como o Batman. Ele não era tão assombrado e emocionalmente esquivo quanto Bruce Wayne de Michael Keaton ou tão nobre e psicologicamente quebrado quanto a visão de Christian Bale sobre o personagem. Na verdade, faltou a Affleck a qualidade vivida da interpretação de qualquer um dos artistas.
Alguns fãs até sugeriram que ele era o Batman perfeito devido à sua aparência e charme natural, mas ele foi prejudicado em BvS por um modulador de voz não menos absurdo que a gravemente alternativa de Bale, bem como uma caracterização do Batman que beirava o fascismo, como ele ambivalentemente assassinou bandidos com tiros, colisões de carros, granadas, facadas e até mesmo esmagando a cabeça com uma caixa. Essa crueldade e tendência totalitária eram de alguma forma consistentes com a visão extrema de Frank Miller do personagem na graphic novel O Retorno do Cavaleiro das Trevas. Mas essa história sempre foi um grande desvio das interpretações convencionais do personagem. Na verdade, apesar de todas as atualizações visuais do Batman de Affleck, sua caracterização carecia completamente do heroísmo altruístico e do senso de propósito impulsionado pela abordagem muito mais humanística oferecida por Christian Bale.
A Liga da Justiça, com todos os seus problemas nos bastidores, foi uma espécie de correção de curso para a opinião do DCEU e de Affleck. Ele viu a evolução de seu Batman, aparentemente “inspirado” pelo sacrifício do Superman no final de Batman v Superman para ser um herói mais equilibrado.
Affleck não retornará para o próximo filme solo de Matt Reeves, The Batman, que chegará aos cinemas em 2021. Mas retornará com a capa no Snyder Cut e em 2022 no filme solo do Flash, junto de Michael Keaton.
Robert Pattinson
Para o filme de Reeves, será Robert Pattinson usando o capuz. Talvez mais conhecido por seus papéis como o vampiro Edward na série de filmes Crepúsculo e como Cedric Diggory em Harry Potter e o Cálice de Fogo, Pattinson fez um grande nome para si mesmo desde então com papéis estrelando em filmes independentes como O Farol, Cosmopolis, High Life mais recentemente Tenet e O Diabo de Cada Dia, para a Netflix.
Pattinson vai estrelar um conto mais pessoal sobre o Batman, de acordo com Reeves, que disse ao THR que “É um conto noir do Batman baseado em um ponto de vista. É contado diretamente em seus ombros, e espero que seja uma história emocionante, mas também emocionante. ”
Enquanto o filme não será lançado até 2021, nós temos a primeira olhada no novo Batman de Pattinson no trailer lançado recentemente no evento da DC, o DC Fandome.
Menção honrosa: Will Arnet
Com qualquer outro ator no papel, a presença de Batman no sucesso cinematográfico de 2014, Uma Aventura Lego, poderia facilmente ter se tornado o tipo de performance que é negligenciada em listas como esta. No entanto, a estrela de Arrested Development, Will Arnett, trouxe um pouco da magia da comédia para o papel e, como resultado, conseguiu seu próprio filme spin-off.
Isso ajudou que o filme chegasse no momento perfeito na agitada agenda de cinema do Batman – tempo suficiente depois de O Cavaleiro das Trevas Ressurge para satirizar o rude Batman de Bale para ser totalmente bem-vindo, e longe o suficiente antes de Batman v. Superman para que a nova iteração de Arnett não se perdesse em todo o hype pela estreia de Ben Affleck.
Lego Batman apenas cimentou a adoração recebida pela versão muito mais egocêntrica de Bruce Wayne de Will Arnett. Um solitário petulante e egoísta que assiste secretamente a comédias românticas quando ninguém está olhando, é uma visão amplamente engraçada (e talvez mais honesta?) De um bilionário que foge à noite para espancar os pobres. Ele também referenciou inúmeros outros momentos do filme, história em quadrinhos e desenho animado do Batman.
Qual é o Melhor Batman?
Provavelmente não vale a pena perguntar qual ator do Batman é o melhor. É difícil argumentar que Christian Bale não é o melhor entre a multidão de live-action (embora eu tenha certeza de que há alguns fãs de Adam West, Michael Keaton e Ben Affleck por aí que podem apoiar a causa).
Ainda assim, Bale não é nenhum Christopher Reeve, cujo retrato icônico do Super-Homem tornou sua substituição uma tarefa aparentemente impossível. Bale era um Bruce Wayne/Batman respeitável, mas a franquia pode e continuou sem ele. E embora outra meia dúzia de atores tenha residido na Mansão Wayne, não encontramos o Batman definitivo.
Até então, Hollywood com certeza continuará tentando.
