Depois do grande sucesso da adaptação de Para Todos os Garotos que Já Amei foi. A Netflix repete a dose e traz uma adaptação mais fiel, abalando o final feliz de Lara Jean com Peter Kavinsky.
Quantas vezes já vimos histórias românticas com garotos problemáticos e mocinhas de lacinho? A resposta certa é muitas! E a história romântica de Lara Jean (Lana Condor) não foge muito dessa realidade não, apesar de Peter Kavinsky (Noah Centineo) parecer um príncipe encantado em um cavalo branco – um pouco diferente dos livros – trazendo um versão mais romântica e menos humana do garoto de 17 anos. O filme se inicia ignorando as cenas pos-créditos do primeiro filme, tentando adaptar de uma forma mais reta – em relação aos livros – essa sequência. Dessa forma, trazendo falas e referências, para aquecer o coraçãozinho daqueles que leram o livro. A passagem de tempo do filme é bem corrida, inicialmente é usado a troca de roupa e truque de câmeras para indicar que um tempo passou, enquanto a trama em si tem uma virada, gradativamente rápida, entre as decisões da personagem.
Como em todo filme de romance, existe a necessidade da protagonista parecer perfeita debaixo de sol, chuva, ou nesse caso, neve. Aos primeiros segundo do filme Lara Jean aparece com o cabelo bagunçado, o que inicialmente pode nos fazer acreditar que esse paradigma pode ter sido quebrado, mas é claro que não foi. A trama traz a mesma paleta de cores e visual colorido, mas dessa vez, conforme as cenas vão passando e a personagem acaba ficando triste, o ambiente muda, trazendo cores mais escuras, focando no cinza, simbolizando a vida e sentimentos da personagem. Claro que, a trilha sonora capricha da mesma forma, como as músicas alegres e românticas estão no começo do filme. Enquanto as de desilusões amorosas ficam do meio para fim, como Better By Myself (do Hey Violet) e Moral of The Story (Ashe). Ou como Kill This Love, do BlackPink, que traz uma abertura um momento antes da “coisa ficar feia” entregando total a cena!
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A trama gira em torno das indecisões de Lara Jean, o roteiro traz algumas leves reviravoltas para o rumo desse romance, com algumas leves surpresas, mas nada do que realmente não tenhamos visto antes no cinema. O divertido e atrativo que essas trama traz – desde o primeiro filme – é jogada de câmeras para o rosto da protagonista, e ambiente, quando as coisas apertam para ela. Mostrando a tensão do ambiente, e enfatizando o rosto tenso e desesperado de Lana Condor para a personagem. Claro que, o retorno do Michael Fimognari para a sequência traz sua identidade criativa para a trama. Sabendo brincar com momentos divertidos e alegres, como já dito antes, e trazendo de volta esses elementos para a sequência como: a trilha sonora e as cores, que trabalham muito no emocional de Lara Jean. O que também envolve o posicionamento e jogada de câmeras, que enfatizam as cenas de forma rápida e alegre, quando as cenas tristes trazem algo mais distante e robótico.
No geral, a trama traz rápidas reviravoltas – apesar de você saber qual destino ela vai tomar – com momentos mais tensos do que engraçados (em relação ao primeiro). Trabalhando da forma exata, a forte química que Lara Jean tem com o Peter mas também com John Ambrose, sem forçar. Porém, devido à pressa que a trama tem em finalizar, ou seja, quase tudo é tratado de forma rápida, a trama acaba muito mais rápido e trata por cima algo que poderia ter mais profundidade, deixando a trama rala. Apesar de saber adaptar muito melhor o livro, o filme acaba tomando um tom mais triste e tenso na vida da adolescente, mas ainda sim finalizando o clichê que todos saberiam desde a revelação do título.
Nota: 3/5