Crítica: O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio consegue respeitar o passado e abraçar o futuro

A trama traz o clássico e o novo para as telas, o diretor Tim Miller consegue balancear muito bem os personagens novos com a dinâmica dos personagens clássicos, onde seria muito mais fácil explorar os personagens originais e apostar na nostalgia. O filme funciona como uma sequencia direta do segundo filme (O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final) ignorando os outros desastres, então mesmo sendo 6º filme da franquia na verdade ele se encaixa como um terceiro. James Cameron assina como produtor, o grande motivo para que o filme tenha os personagens clássicos muito bem construidos e preservados após 20 anos. A direção do filme fica por conta do Tim Miller (Deadpool), ou seja, vai ter muita ação! Que vale lembrar que, são muito bem dosadas, com ótimas coreografias, além da trama trazer um roteiro simples porém redondo, sem deixar grandes pontas em aberto, sabendo equilibrar o flashbacks e cenas do futuro.

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O filme começa na Cidade do México, aonde duas maquinas são mandadas do futuro, REV-9 (Gabriel Luna) e a Grace (Mackenzie Davis) que é uma humana parte máquina. Grace foi enviada para proteger Daniella (Natalia Reyes), a nova Sarah Connor da geração. Ela trabalha em uma fábrica de carro aonde os funcionários estão sendo substituídos por máquinas (muito irônico não?!). REV-9 chega na fábrica para exterminar Dani e nesse momento começa uma das sequencias de ação mais insanas do filme que também acaba reintroduzindo a incrível Linda Hamilton como Sarah Connor, que rouba a cena quando aparece armada até os dentes e ainda fala a icônica frase “I’ll be back“.

Com Miller na direção, não da pra se esperar menos das cenas de ação, que são bastante intensas e bem colocadas, com uma jogada de cortes de câmeras bem leve, conforme ela vai avançando e mudando de localizações. O roteiro além de trabalhar o presente o passado e o futuro de forma ambígua, Tim Miller e James Cameron ainda tiveram o cuidado em dar bastante espaço para desenvolvimento dos personagens. Vemos muito disso com a evolução da Grace que depende dos flashforwards para entendermos o porque dela está lá. Conseguimos ver, sutilmente, a diferença tecnológica entre REV-9, Grace e o T-800. Sarah Connor e o Exterminador voltam para esse filme bem diferentes. Sarah volta como uma exterminadora de exterminadores com desejo de vingar a morte do seu filho e o Exterminador, agora pai de família, decide virar um correspondente misterioso e ajudar Sarah nessa sua caçada.

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Agora sobe as novas adições ao cast: Dani, Grace e REV-9. Dani e Grace são muito bem colocadas e desenvolvidas na nova história. Grace consegue destruir nas cenas de ação porem é muito “afobada” e entendemos o porque dela ser assim por meio do flashforwards e dentro deles precisamos de flashbacks também. Dani também é bem desenvolvida e conseguimos ver bem a transição dela de “donzela em perigo” para bad-ass. REV-9 não tem muito o que falar a não ser que ele é uma maquina de combate.

Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton são os maiores pontos positivos, Linda com a emoção da historia e Arnold como alivio cômico robótico. Das novas sequencias de filmes antigos de estão saindo, Destino Sombrio é sem duvida um dos melhores. Ele consegue respeitar o passado e abraçar o futuro.

8/10

Autor: Marcello Eliezer Pelcerman Presente


Título Original: Terminator: Dark Fate

Elenco: Limda Hamilton, Arnold Schwarzenegger, Mackenzie Davis, Natalia Reyes, Gabriel Luna

Direção: Tim Miller

Duração: 128 minutos

País/Ano: Estados Unidos / 2019

Distribuição: Fox Film do Brasil

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