Crítica: Rambo: Até o Fim | Funciona como desfecho mas não é grandioso

Título Original: Rambo: Last Blood

Elenco: Sylvester Stallone, Paz Vega, Sergio Perez-Mencheta, Adriana Barraza, Yvette Monreal, Genie Kim, Joaquín Cosio, Oscar Jaeneda

Direção: Adrian Grunberg

Duração: 89 minutos

País/Ano: Estados Unidos/2019

Distribuição: Imagem Filmes, Califórnia Filmes


Rambo retorna aos cinemas quase 40 anos depois de seu primeiro filme e 11 anos após seu último, para o que promete ser sua última aventura. A história segue exatamente 10 anos após o final do último filme. Rambo: Até o Fim pega a deixa do final do quarto filme com o protagonista retornando à sua casa, a fazenda que outrora foi de seu pai.

Apesar de hoje conhecermos John Rambo como uma verdadeira máquina de guerra (quase como um mito que quase todos nascemos conhecendo), desde o primeiro filme possui uma certa filosofia sobre guerras. Não é preciso muito para entender isso a não ser assistir aos filmes mas é necessário para entender quem de fato é Rambo. Desde o começo, encontramos um ex-soldado sem lugar no mundo e seu caminho o levando para àquilo que justamente sabia melhor fazer. Em Até o Fim pela primeira vez o encontramos em seu lar.

Rambo: Até o Fim
Maria Beltran (Adriana Barraza) é como uma irmã para Rambo. Divulgação.

Assim como no primeiro filme, a história acaba se tornando ainda mais pessoal. Se antes Rambo enfrentou guerra contra soldados de outras nações, Até o Fim veio para lembrar que no mundo de hoje, há guerras ainda mais complexas e secretas que é enfrentada todos os dias no meio de nossa sociedade e que faz ainda mais vítimas. E o próprio protagonista que vive uma guerra pessoal contra si mesmo tentando a cada dia fazer tudo o que fez, tudo o que sabe, ganhar algum sentido na sua vida.

Diálogo entre Rambo e Samuel Trautman (Richard Crenna) em Rambo III (1989).

Não há muito o que dizer sobre o enredo, assim como nos filmes anteriores: o enredo é simples mas muito bem construído. Sylvester Stallone novamente cai perfeitamente no papel, novamente sabendo equilibrar à sua forma o ladro dramático e o reacionário do personagem. Yvette Monreal interpreta Gabrielle e talvez seja uma das maiores surpresas do longa já que possui um protagonismo e o enredo é todo construído à sua volta. Ela é exatamente como uma filha para Rambo cujo a criou desde que sua mãe falecera e seu pai a abandonara.

Rambo: Até o Fim
Yvette Monreal como Grabrielle. Divulgação.

Para quem busca uma ação mais frenética, pode acabar se decepcionando. Ainda que o clímax da história entregue ação digna do personagem, o enredo ainda trabalha com suas limitações pela idade e até mesmo pelo cenário em que tudo se passa já que não seria muito viável causar uma guerra no meio de uma cidade.

Ainda que não seja o melhor filme do personagem, Rambo: Até o Fim chega para homenagear essa lenda cinematográfica que se tornou eternizada por Sylvester Stallone em uma história ainda mais pessoal mantendo sua filosofia que por muitas vezes é ignorada que fazem esse personagem tão interessante ainda nos dias de hoje, e ainda entregar cenas de ação absurdas que todos gostamos de ver. E uma dica: a primeira parte dos créditos entregam uma homenagem e uma cena extra bem discreta.

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