Hoje, 25, é aniversário do cineasta, produtor, roteirista e animador Timothy Walter Burton, mais conhecido como Tim Burton. O diretor conhecido por seus filmes góticos, fantasiosos, excêntricos e, ou, sombrios, como A Noiva Cadáver (2005), Batman (1989) e Edward Mãos de Tesouras (1990).
Entretanto, não é só de clássicos do cinema que vive Burton. Dentre todas as profissão já citadas, Burton ainda é escritor e ilustrador. E por isso, separamos alguns poemas escritos pelo cineasta.
Confira abaixo:
A Menina dos Olhos Fitos
Sempre de olhos fixos, arregalados:
Uma menina assim que eu conheci.
Olhava com o olhar parado,
Ar de quem não estava nem aí.
Olhava para baixo.
Olhava para o alto.
Punha os olhos um tempão em você,
Sem que ficasse claro o porquê.
Mas depois de ganhar a finalíssima
Do Prêmio Garota Que Não Pisca
Ela deu finalmente às suas vistas
Umas férias mais que merecidas.
O Menino de Pregos nos Olhos
Os problemas ópticos devidos
Aos dois pregos nos olhos do menino
Fizeram sua árvore de alumínio
Ficar meio fora do figurino.
A Garota Voodoo
Sua pele é de um claro tecido,
Todo costurado e refeito.
Muitos alfinetes coloridos
Despontam-lhe à altura do peito.
Olhos que giram como discos,
Ela possui dois pares.
Olhos de poderes hipnóticos:
Olhos de apaixonar os rapazes.
Rapazes que coloca em transe,
Como verdadeiros zumbis.
É o caso de um zumbi francês,
Que depois só dizia “Oui, oui”.
Mas ela também tem uma sina
Que jamais pode ser quebrada:
Se alguém dela se aproxima
Seu coração sente as espetadas.
O Estranho Mundo de Jack
Não, você não leu errado. Para finalizar, separamos o poema que futuramente tornou-se em uma animação em stop-motion, O Estranho Mundo de Jack era originalmente um poema de Burton. O cineasta conta que teve a ideia para este poema 11 anos antes do lançamento do filme, enquanto andava pela cidade quando viu uma placa de Halloween de uma loja sendo substituída por uma de Natal.
Confira o poema aqui.
Fora O Estranho Mundo de Jack, todos os poemas foram retirados do livro de contos O Triste Fim do Menino Ostra, de Tim Burton.
Dentre os poemas citados, qual o seu favorito? Deixe nos comentários!
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