Crítica | Ainbo – A Guerreira da Amazônia só contém conteúdos genéricos já retratados antes

Crítica | Ainbo - A Guerreira da Amazônia só contém conteúdos genéricos já retratados antes

A animação da Paris Filmes, Ainbo – A Guerreira da Amazônia, nos mostra a história de Ainbo e sua tribo, localizada na floresta Amazônica. Apesar da história ser retratada em uma das maiores florestas do mundo, o filme não tem muito à acrescentar quando comparado com animações produzidas anteriormente.

Na trama, vemos duas amigas, Zumi, quem é a filha do chefe da aldeia, e Ainbo, uma menina destemida e aventureira. A segunda jovem, perdeu seus pais quando era apenas um bebê, e então uma das mulheres da tribo, encontrou a garota e a criou como se fosse sua própria filha. Logo no início, já é possível sentir uma similaridade com os filmes Moana (2016) e Tarzan (2005).

Sendo assim, a produção não nos proporciona nada muito original, sendo que a maior parte do enredo é uma forma genérica e bem entediante de nos mostrar o que muitos já viram antes.

Cenário indígena

Apesar do cenário abordado pelo filme não ser tão comum, Ainbo – A Guerreira da Amazônia, poderia ter explorado e explicado melhor as lendas e crenças dos povos indígenas. Ao invés disso, vimos mais do mesmo, só que dessa vez, na floresta amazônica.

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Enredo nada original

Existe uma lenda contada pela tribo de Ainbo, onde um ser maligno quer acabar com toda a aldeia e pegar o ouro que nela existe. E então, Ainbo sai em busca da cura e da salvação da ilha. Familiar esse enredo? Sim, muito parecido com a história de Moana. No caminho, ela conhece dois guias espirituais, que aparecem em forma de animais para a garota. Um é bem grande e forte, enquanto o outro é menor e mais magrinho e, os dois são engraçados. O que nos leva a lembrar de um outro filme que possui mais ou menos a mesma ideia, O Rei Leão (1994).

Dando continuação à história, Ainbo descobre que o que pode salvar seu povo, é a raiz de uma árvore. Mas, é claro que chegar até esta raiz não será uma missão fácil. Ao longo do filme, vemos que existem alguns mistérios familiares envolvendo os antepassados da garota, onde é possível lembrar de um outro filme um pouco mais antigo, Pocahontas (1995).

Mas, as semelhanças não param por aí. Quando Ainbo sai em busca da raiz mágica, ela descobre que a floresta está sendo desmatada por homens brancos e malvados. Já sabe qual animação é esta? Pode ser duas, tanto o filme Tarzan quanto Pocahontas. Mostrando mais uma vez, de uma forma nada original, que o homem é o verdadeiro inimigo da natureza.

Assista ao trailer:

Conclusões finais

Sendo assim, considerando o momento atual do Brasil, o filme pode fazer um pouco de sentido. Mostrando o desmatamento da Amazônia e, tirando dos povos indígenas, o que são deles por direito. O desfecho é bem óbvio, os temas explorados são os mesmos, confiança, arrogância, raiva, problemas familiares, tristeza, amor e no final quem era menos provável, se une para consertar as coisas.

Título: Ainbo – A Guerreira da Amazônia

Vozes originais: Yeni Álvarez, lola raie, Thom Hoffman, Naomi Serrano, Bernardo De Paula e Dino Andrade

Nota: 1/5

Veronicca Fernandes
Estudante de jornalismo, vegetariana e redatora d'O Quarto Nerd. "Livros muitas vezes são melhores companhias do que pessoas"