Conheça o debate antirracista através do cinema | Dia de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial

O dia 21 de março desde 1969 foi intitulado como o Dia de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial pela Organização das Nações Unidas (ONU). Desde então, a data é um lembrete eterno da reflexão do debate antirracista na sociedade. Mas, é importante saber que a luta por igualdade continua, e os militantes vivem: nos movimentos políticos, nas ruas e nos cinemas. Dessa forma, não há forma melhor de passar essa data, do que adquirindo mais conhecimento do movimento.

Por isso, conheça 7 obras incríveis que carregam muita história, dentre elas, filmes e documentários inspirados em figuras reais do movimento antirracista. Dessa maneira, a lista contempla o movimento no Brasil, nos Estados Unidos, na África do Sul e outros países.

Quem matou Malcolm X? (2019)

A minissérie documental de 6 episódios se passa décadas após o assassinato do líder afro-americano Malcolm X, um ativista afro-americano que atuou em defesa dos direitos da comunidade afro-americana durante a era americana dos movimentos dos direitos civis. Assim, a obra começa quando um ativista embarca na difícil missão de encontrar a verdade sobre sua morte e sua vida como resistente.
Disponível na Netflix.

A 13° Emenda (2016)

“De escravo para criminoso com uma emenda”

O documentário de 2016 foi gravado em segredo, e suas informações só foram divulgadas após ser lançado. Portando, ele faz referência à décima terceira alteração da Constituição dos Estados Unidos, que foi uma alternativa de manter trabalhos braçais mesmo após a abolição da escravidão. Assim, a obra buscou analisar a relação da criminalização da população negra nos EUA com o processo de encarceramento em massa da população negra.

Disponível na Netflix.

Eu Não Sou seu Negro (2016)

Documentário dirigido pelo haitiano Raoul Peck que a partir dos livro inconcluso do escritor estadunidense James Baldwin, expõe a saga vivida pelos negros norte-americanos. Dessa forma, a obra fala de pobreza, desigualdade, segregação e a luta antirracista. A obra traça a história racial conflituosa em território americano a partir dos assassinatos de três dos principais líderes negros da história: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King.

Disponível na Globoplay.

O Caso do Homem Errado (2017)

A diretora, Camila Moraes, segunda diretora negra a ter um filme distribuído em circuito comercial no país, no filme, recupera a história de Júlio César de Melo Pinto, jovem negro que foi executado pela Brigada Militar nos anos 1980, em Porto Alegre. Entretanto, o jovem Júlio apenas havia sido “confundido” com assaltantes e por isso capturado, sem nunca ter justiça.

Disponível na Globoplay.

AmarElo: É tudo para ontem (2021)

Em 2019, o rapper Emicida apresentou seu álbum AmarElo no Teatro Municipal de São Paulo, lugar raramente frequentado por moradores da periferia. Dessa forma, as canções do artista se misturam a reflexões sobre o apagamento das conquistas históricas do povo negro, responsáveis por criar a identidade brasileira. É tudo pra ontem fala sobre  reivindicar espaços de validação cultural injustamente interditados aos negros, como o Municipal.

Disponível na Netflix.

Amefricanidade (2020)

O documentário fala sobre a vida e obra da filósofa, antropóloga, professora, escritora, intelectual, militante do movimento negro antirracista e feminista, Lélia de Almeida Gonzalez.

Disponível no Youtube.

Judas e o Messias Negro (2021)

Assassinado pelo FBI quanto tinha 21 anos, Fred Hampton foi um dos nomes mais proeminentes do Partido dos Panteras Negra. Um pequeno criminoso chamado Bill O’Neal foi coagido a entregar o ícone em nome do bureau.

Disponível no HBO e Prime.

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Camila Tognin
Estudante de jornalismo e cinema, apaixonada por obras que abordam a visibilidade LGBTQIA+ e revoluções sociais. Muito fã de desenhos e Gamer nas melhores horas.