Crítica | Arranjo de Natal uma comédia romântica francesa

Crítica | Arranjo de Natal uma comédia romântica francesa

A série Arranjo de Natal, estreou na Netflix no dia 17 de novembro, e vem abrindo a temporada natalina no streaming. Com apenas 1 temporada e 3 episódios de 40min. Conta com o cantor Tayc e a atriz Shirine Boutella de Lupin, ambos estreiam sua primeira comédia romântica francesa de natal.

A história inicia com cantor de rap, Marcus ganhando um prêmio de melhor música. Mas logo a alegria do grande prêmio se torna frustração ao saber que está sendo processado por suas letras misóginas. Com isso três jornalista e amigas, que juntas criaram um perfil para falar sobre feminismo chamado Lee Simones. Então, começam a escrever uma matéria sobre o cantor. A partir disso, Lila uma das amigas se envolve com Marcus, no momento que ocasionalmente encontra o cantor em uma sala de segurança do shopping, após uma confusão. Mas ao deixar a sala eles trocam as sacolas de presente, fazendo com que a troca envolva conhecer as famílias de ambos. Lili percebe, que o cantor pode não ser bem o que parece nos noticiários e nas redes sociais.

Com o gênero de comédia romântica, adverso aos das tramas franceses, onde costumam ser mais lentos e com um sacarmos apurado. Assim, a série vem com muita referência dos filmes clássicos de natal americano, bem como, com a comédia mais leve e um ritmo mais rápido. Outras referências clássicas como, a neve que cai na sena romântico, aquele amigo que chega para atrapalhar no momento do grande beijo, até mesmo a esperada troca de sacolas iguais, quando se conhecem, assim permitindo um novo encontro entre eles, com isso, o roteiro não revela nenhuma novidade. Arranjo de Natal vem com final corrido e bem bagunçado.

E o feminismo?

Às três amigas, Alice, Jeannot e Lila deixam bem claro desde do início que o alvo do trabalho nas redes sociais é a causa feminista, e com isso gerar um mundo melhor. Porém, Lila quando se depara com cantor sendo conquistada pela sua história de vida e família, logo a causa tão importante, fica jogada em pontos esporádicos. Do mesmo modo, o assunto surge no jantar de natal ou até mesmo quando a irmã casula de Marcus quer ser rap, mas não tem aprovação do irmão. Marcus diz, que fazer rap é coisa de menino. Mas nada é aprofundado, o feminismo infelizmente fica entre um ponto ou outro do roteiro. Trazendo uma frustração do que seria parte da trama principal.

Ponto alto

A série, tem um visual atraente com as luzes pela cidade, com a neve e as decorações de natal, aproximando o público do clima de final de ano. Além dos personagens, que seguram bem os picos de comédia, e tem um excelente entrosamento entre eles. Outro auge na série, pertence aos momentos de música e batalhas de rap que surgem em meio a trama.

Por fim, a série revela a comédia sempre nos pontos certos, assim como as músicas e as batalhas de rap, tornando a série interessante. Ao contrário do último episódio que tem um final corrido e bagunçado. Infelizmente, a série deixa o assunto do feminismo jogado e sem muita profundidade na trama.

Crítica: Arranjo de Natal – 1ª Temporada

Nota: 3/5

Elenco: Tayc, Shirine Boutella, Marion Séclin, Aloïse Sauvage, Camille Lou, Walid Ben Mabrouk, Estelle Meyer

Direção: Nadège Loiseau

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Carina Reifonas