O filme de As Crônicas de Nárnia O Leão a Feiticeira e o Guarda Roupa completa hoje, 10 de novembro, 15 anos desde o seu lançamento em 2005.
Os filmes são baseados em uma série de 08 livros do escritor C.S Lewis que foram lançados entre 1950 e 1956, há 70 anos atrás, e sua história continua sendo instrutiva e surpreendentemente atual.
Durante a 2ª Guerra Mundial os irmãos Pedro, Edmundo, Lucia e Susana são obrigados a ir para um lar temporário onde descobrem um antigo guarda-roupa que é a entrada para um universo mágico que já estava esperando pelos irmãos.
Um fato curioso sobre como o guarda roupa se tornou a porta de entrada de Nárnia que está ausente nos filmes, é que após a jornada de um cientista pelo mundo mágico, o mesmo trouxe alguns frutos da terra e os plantou em seu jardim, após longos anos esses frutos geraram uma das mais belas árvores que o mundo já viu, mas depois de uma tempestade essa árvore caiu e o cientista decidiu usar a madeira para construir um guarda-roupa, e assim nasceu a nova passagem para esse mundo, que depois de muitas décadas foi encontrado pela pequena Lúcia.
A adorável Lúcia se encanta por Nárnia logo que coloca seus pés no novo mundo, enquanto seus irmãos demoram um pouco para notar o real motivo de chegarem até ali. Desde o primeiro momento até os últimos anos de reinado dos irmãos, eles buscam um sentido profundo para todos os seus feitos, o desenvolvimento de cada um deles, a empatia de Lucia, inteligência de Susana, a coragem de Pedro e a bravura de Edmundo.
C.S Lewis, em suas crônicas nos permite enxergar além do nosso mundo e notar a linha tênue entre a fantasia e a realidade, a ganância das superpotências pretendendo tomar o mundo, as pessoas agindo por medo e principalmente a coragem para provocar uma mudança.
Todos os personagens do autor em As Crônicas de Nárnia, não só dos filmes como dos livros possuem uma grande personalidade e motivações para todas as suas ações, nos permitindo olhar através de todos os ângulos, como um observador, ao mesmo tempo que nos permite estar dentro dessas histórias. Afinal, são em nossas fraquezas que encontramos nossas maiores virtudes.
Aslan
O rei de Nárnia, Aslan, é virtuoso, corajoso e sabe sempre o que é melhor para seu povo, um ser divino e majestoso e é a autoridade máxima sobre as terras de Nárnia. Ele assume a forma de um leão nesse universo e aparece de diferentes tamanhos para cada pessoa, podendo ser reconfortante ou aterrorizante dependendo do ponto de vista de cada um.
Muitas pessoas analisam a presença de Aslan em nosso mundo como um ser divino , Deus, em algumas religiões, principalmente devido à uma de suas falas no filme “A viagem do Peregrino da Alvorada” onde ele diz para Lúcia que aquilo não é um adeus, e que ela o conheceria em nosso mundo em outra forma. E pela lógica, Aslan em nosso mundo só poderia ser uma figura igualmente divina como em Nárnia.
No entanto Aslan não está sempre presente, e quando todos parecem duvidar de sua existência, após séculos ele se tornar apenas um mito, Lúcia ainda acredita que ele viria para ajudar, e ele assim o faz.
Após a Guerra que derrotou a feiticeira, os irmãos se veem diante de um reino que uma profecia afirmou que eles seriam capazes de governar, lutando contra suas jornadas internas e aprendendo a se doar por Nárnia, governando de forma justa gentil e com amor.
C.S Lewis trouxe ao mundo em As Crônicas de Nárnia, histórias sensíveis, mágicas e honestas que mesmo após anos da sua publicação ainda levantam discussões filosóficas sobre o mundo atual, onde jovens e adultos podem encontrar refúgio nas telas e em suas páginas.
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