O Clube da Meia-Noite | O terror que te fará chorar, mas não de medo

O Clube da Meia-Noite a nova série adolescente de terror da Netflix, está entre as mais vistas atualmente. A obra surgiu através do escritor Christopher Pike, e a história real, de uma fã de seus livros, que apresentou para ele, seu verdadeiro Clube da Meia-Noite em 1994. Este qual jovens também enfrentando o câncer se reuniam para ler e comentar suas obras. Assim, Pike escreveu a história desses jovens e serviu de grande inspiração para o criador da adaptação da Netflix. Mas afinal, é bom mesmo essa série?

O Clube da Meia-Noite pode te surpreender em muitos aspectos. Um deles, é a ausência de elementos sustos que dão medo ou atmosfera de terror psicológico. Pelo menos no que se refere ao núcleo principal. A série não assusta, e confesso que no começo é uma decepção, mas, se você acha que a série vai cair apenas em clichês jovens e terá personagens superficiais, saiba que o Mike Flanagan é o criador da série, também criador de A Maldição da Residência Hill.

Com isso, na trama de terror leve, são apresentados dois núcleos onde um claramente rouba a cena. Os sete jovens com doenças terminais passam os seus últimos dias de vida no abrigo Rotterdam Home. No instituto Ilonka convive com mais seis jovens que também estão isolados por conta própria. São eles: Kevin (Igby Rigney), Sandra (Annarah Cymone), Spencer (Chris Sumpter) e Anya (Ruth Cood) Amesh (Rahul Kohli) e Cheri (Adia). E toda meia-noite eles se reúnem para trocar histórias assustadoras entre eles na biblioteca.

Os dois núcleos da série

Primeiramente, na trama de terror leve, são apresentados dois núcleos onde um claramente rouba a cena. Os sete jovens com doenças terminais passam os seus últimos dias de vida no abrigo Rotterdam Home. No instituto Ilonka (Iman Benson) convive com mais seis jovens que também estão isolados por conta própria. São eles: Kevin (Igby Rigney), Sandra (Annarah Cymone), Spencer (Chris Sumpter) e Anya (Ruth Cood) Amesh (Rahul Kohli) e Cheri (Adia).

Assim, sabemos que, o mistério central deriva da origem do Clube. Criado pela mulher qual foi a grande inspiração da principal Ilonka ter entrado na casa. Julia Jayme (Samantha Sloyan) foi antigamente uma residente do abrigo, e de lá saiu curada da doença. Mas naquele terreno, mistérios e crenças se impregnaram na terra, e descobrimos que Julia é uma das aprendizes de uma seita antiga Paragon, que fazia sacrifícios de sangue no porão da casa. São alguns mistérios bons, até envolvem mitologia grega, mas, são fracos e bem adolescentes.

Por isso fiquei feliz do final da 1º temporada da série, contar com os fechamentos das histórias criadas por cada personagem, e no que tange ao final completamente aberto da temporada para o núcleo central, eu já esperava. Mas, caramba, quase nada foi respondido, enfim, somos apresentados aos dois velhos fantasmas a quase todo episódio assombrando a casa, porém, no final só ficamos sabendo que eles que fundaram o abrigo para jovens. Além disso, se abriu mais perguntas logo nos últimos minutos.

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No Clube da Meia-Noite a melhor coisa é o Clube da Meia-noite

Literalmente o melhor da noite! e onde a essência de Mike Flanagan mais se sobressai. Toda meia-noite eles se reúnem para trocar histórias assustadoras entre eles na biblioteca. Nessa trama sim, Flanagan não subestimou os adolescentes, e suas capacidades de entender mais do que o obvio. Logo, esse clube também é um acordo entre eles, e representa a esperança de tentar sobreviver mais um pouco, para não perderem as continuações das histórias. Porém, a prática do clube já é antiga e virou uma tradição, que fortalece os laços entre eles, onde as histórias são majoritariamente de terror e dramáticas, revelando o caráter de cada personagem a medida que eles contam.

Dessa forma, são histórias de traumas e dores dos passados dos personagens, baseadas em grandes elementos do terror clássico o sci-fi, o noir, o slasher. Assim, ele inovou completamente o jeito de fazer quem está assistindo ir ligando a vida e a personalidade imperfeita dos personagens. E ah, algumas até dão medo.

O núcleo principal e o melhor a se tirar dele

No que tange o lado mais adolescente da história desses sete, a série traz com propriedade uma narrativa de esperança sobre a vida. E confesso que, me levou a ter pensamentos novos sobre lidar com noticias tristes. Mas, não é fácil alcançar logo de cara a aceitação, e o que parece tão estranho no começo, que é a o isolamento do grupo, faz muito sentindo no final. Dessa forma, muitas lições valiosas podem ser aprendidas com essa série, sobre auto aceitação, sobre o que é ser amado de verdade por quem você é, e por não aceitar sentimentos e amores falsos. A história fala muito sobre como tentar buscar a melhor experiência consigo mesmo, e ser mais gentil.

É preciso lidar com a finidade humana, a série possui uma narrativa muito sensível. A leitora de Christopher Pike morreu antes de ler o livro, e poder assistir a série que foi inspirada em sua vida, porém o ciclo da matéria viva continua, e uma inspiração, como uma história nunca morrem. Falar sobre a morte não deve ser evitado a todo custo, é um condição que todos vamos enfrentar, só que em momentos diferentes.

Crítica

Título:   O Clube da Meia-Noite

Direção: Axelle Carolyn, Michael Fimognari, Mike Flanagan

Roteiro: Mike Flanagan e Leah Fong

Elenco:  Igby Rigney, Annarah Cymone, Chris Sumpter, Ruth Cood

Nota:  4,5/5 

Por fim, despedidas são sempre é tristes. Mas me conta o que você achou da série! E relaxa, se você sentiu medo, não vamos te julgar. Então, não esquece de seguir O Quarto Nerd no Twitter e no Instagram. Assim, você não vai perder nenhuma noticia do mundo geek.

Camila Tognin
Estudante de jornalismo e cinema, apaixonada por obras que abordam a visibilidade LGBTQIA+ e revoluções sociais. Muito fã de desenhos e Gamer nas melhores horas.