Beckett (2021) é o filme bagunçado da Netflix que podia ser bom, mas escolhe não ser. Nessa produção acompanhamos John David Washington no papel de Beckett vivendo perseguições que se prolongam do começo ao fim da história sempre com emoção de menos.
Tudo começa como uma história de amor vivida entre o protagonista e a personagem da Alicia Vikander (April Hanson), que quase convence quem assiste porque os dois atores são muito bons. Mas, só a atuação não segura um roteiro fraco e direção confusa. As conversas saem de lugar nenhum para lugar nenhum, tudo é fraco e meio genérico. O que seria tranquilo se o filme não tentasse se levar a sério.
Poderia ser uma experiência positiva se tivesse sido escolhido um dos caminhos mais comuns de filmes sobre perseguição. Ou ser um filme do Liam Neeson, ou uma pegada A Hora do Rush (1998). Mais pra comédia, em três momentos o personagem principal se joga de alturas absurdas a troco de nada, nem cômico e nem heróico. Tentando passar uma ideia de realidade, tudo fica morno, desde o começo da história todos personagens já estão cansados. No fim das contas parece uma grande perseguição de sedentários.
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Também há uma trama secundária que não precisava existir. As amizades que ele cria ao longo do caminho poderiam ser mais significativas. E mais uma vez falta emoção, nos olhares, nas conversas, tudo empolga menos do que deveria. E uma trama que podia ser legal, se enfraquece a cada cena. No geral o filme tem um começo, meio e fim bem amarrados, e o ator consegue tirar o melhor do que o roteiro lhe permite.
Menção honrosa pra cena em que ele tenta roubar a moto de uma moça lembrando GTA no meio da perseguição e ela dá uma cotovelada que o joga no chão. Pra mim foi o ponto alto da produção.
Crítica
Título: Beckett
Criador: Ferdinando Cito Filomarino
Elenco: John David Washington, Alicia Vikander, Boyd Holbrook, Vicky Krieps e Michael Stuhlbarg
Nota: 2/5
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