Crítica | Vermelho, Branco e Sangue Azul ignora a existência de alguns personagens.

Vermelho, Branco e sangue azul, chega ao Amazon Prime Video nessa sexta-feira (11). Porém, nós do QN já assistimos ao filme e contaremos tudo o que gostamos (Ou não!), na adaptação da obra de Casey McQuiston.

Para aqueles que não estão familiarizados coma trama, a história conta sobre Alex-Claremont Diaz (Taylor Perez) , filho da presidenta dos EUA, e seu romance com o Príncipe Henry (Nicholas Gallitzine), da Inglaterra. Uma relação que nasce do bom e velho plot, “Enemies to Lovers”.

Os protagonistas são o ponto mais alto da trama, assim como os atores que os interpretam. Perez e Gallitzine souberam muito bem como colocar em sua atuação a vibe dos personagens. A força é tamanha, que não é necessário uma palavra para compreendermos a tristeza de Henry por não poder ser quem realmente almeja e o jeito despojado e livre de Alex que transmite muita calma e segurança. Todas essas coisas já estão na postura, olhar e expressões faciais dos artistas.

Além disso, outra coisa muito boa de se ver é o romance dos dois em si. Tudo é muito natural, delicado e juvenil. Trata-se de um daqueles roteiros que te provocam uma vontade de se apaixonar e viver aqueles sentimentos.

Aonde foi que o filme de Vermelho, branco e sangue azul errou?

Entretanto, nem tudo são flores, principalmente para aqueles que leram o livro e conhecem mais da história e seus outros personagens. Afinal de contas, durante toda a película, a maioria dos personagens que acompanham a história do casal principal, parecem tomar um verdadeiro chá de sumiço. Tal coisa, acaba com boa parte da profundidade que existe no desenvolvimento da trama.

Um bom exemplo é Nora (Rachel Hilson), filha do vice-presidente e amiga de Alex. Já sabíamos que no filme, ela também tomaria o papel de June, irmã do garoto e personagem descartada do adaptação. Ambas são mulheres essenciais no processo de descoberta da bissexualidade do jovem Claremont-Diaz, pois, muitos de seus diálogos com ele, ajudaram o leitor a entender o que se passava com esse personagem. Porém, na adaptação, as cenas de Nora/June não somam nem 10 minutos de tela. Tudo o que vemos é uma pequena conversa rasa que não agrega tanto à trama de Vermelho, branco e sangue azul.

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A relação conturbada dos pais de Alex também ficou de fora, o que foi outro ponto que tirou a profundidade do mesmo como personagem. Pois, o conflito de seus genitores, também diz muito sobre seus sentimentos e sua visão diante do mundo.

O mesmo se aplica para o lado de Henry que desde o livro possui uma exploração de roteiro menor em relação ao seu par. No filme, não vemos quase nada de sua relação próxima com sua irmã, a Princesa Bea (Ellie Bamber). Essa parceria de irmãos só fica discretamente evidente nos minutos finais da história.

Dessa forma, as relações dos protagonistas com outros personagens ficou apagada. Como não há variedade de pessoas em cena, tudo acaba provocando ao espectador uma sensação de que a história estava correndo desesperadamente, principalmente aos fãs que conhecem o texto original.

O mais importante de tudo

Apesar de haver muitas coisas que desapontam na adaptação, não podemos nos esquecer do mais importante na adaptação de Vermelho, branco e sangue azul: Uma luz sobre os romances LGBTQIAP+. Afinal de contas, nunca foi comum filmes de romances juvenis com casais do mesmo gênero. Sempre fomos bombardeados com uma enxurrada de histórias heterossexuais por muito tempo, e agora os jovens que não se enquadram na heterossexualidade, podem finalmente se ver nas telas dos filmes românticos. Assim, conclui-se que não podemos ignorar a importância de Vermelho, branco e sangue azul.

Pôster de vermelho, branco e sangue azul

Título: Vermelho, branco e Sangue Azul (Red, white and royal blue).

Diretor: Matthew Lopez

Elenco: Nicholas Gallitzine, Taylor Perez, Rachel Hilson, Ellie Bamber, Malcom Atobrath, Uma Thurman, Aneesh Sheth, Sarah Shani e Akshaye Khana;

Nota: 3/5

Onde Assistir: Amazon Prime Video.

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Fernanda Silva
Profissional de marketing, estudante de jornalismo, apaixonada por música e e-sports, prefiro a Marvel do que a DC e gosto de assistir séries antigas.